Discurso foi feito no dia em que o Brasil ultrapassou a marca de mais de 3 mil mortes em um único dia
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) fez um discurso em rede nacional, nesta terça-feira (23), em que afirmou que 2021 será o ano da vacinação dos brasileiros.
O discurso foi realizado no dia em que o Brasil registrou mais de 3 mil mortes em um único dia, a maior mortalidade desde o início da pandemia.
Durante suas falas, Bolsonaro tentou adotar um tom mais conciliador e menos negacionista. Falou que o Brasil é prejudicado por uma variante e que não há previsão de por quanto tempo o Brasil será prejudicado por essa doença.
O presidente disse que, assim como prometido, tem comprado qualquer vacina que foi autorizada pela Anvisa. Anteriormente, por várias vezes, o presidente travou batalhas políticas com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em menosprezou a Coronavac, feita em parceria pelo Instituto Butantan junto a Sinovac Biotech, empresa chinesa.
Bolsonaro afirmou ainda que sempre citou que há o problema do vírus e o problema do desemprego.
“Em nenhum momento, o governo deixou de tomar medidas importantes tanto para combater o coronavírus como para combater o caos na economia, que poderia gerar desemprego e fome”, disse Bolsonaro.
Nesta terça-feira, o cardiologista Marcelo Queiroga assumiu o cargo de Ministro de Saúde no lugar de Eduardo Pazuello. A nomeação de Queiroga não contou com apoio do Centrão, base de apoio do governo no Congresso.
A interlocutores, deputados afirmam que essa é a última chance de Bolsonaro. Ainda na data de hoje, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou pedido do presidente para barrar decretos de restrições e isolamentos nos Estados da Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.
Durante o discurso, o presidente afirmou que o Brasil é o 5º país que mais vacinou contra a covid-19 no mundo e que mais de 32 milhões de doses foram distribuídas aos estados.
Se considerada a taxa de vacinação por habitantes, o Brasil fica na 58ª posição, de acordo com dados do Our World in Data, projeto da Universidade de Oxford.