Menina tinha engravidado do tio, que a estuprou várias vezes nos últimos quatro anos
O Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou nota oficial nesta segunda-feira (17) em que critica o aborto de uma criança de 10 anos, que estava grávida de quase seis meses, após ter sido estuprada pelo tio, no Espírito Santo.
O caso ganhou repercussão nacional no final de semana, após a jovem receber autorização para interromper a gravidez, mas ter que viajar para Pernambuco para executar o procedimento que causou a morte do bebê.
O bispo de Guarulhos, dom Edmílson Amador Caetano, é vice-presidente do Regional Sul 1 e um dos que assinam a nota. Na opinião dos bispos paulistas, a criança sofreu duas violências: o estupro e o aborto. “Lamentamos profundamente a violação contra as duas vidas inocentes”, afirmou.
O Regional repudiou a tortura física e psicológica sofrida pela criança e o aborto, que gera outro trauma. “É oportuno perguntar: uma tragédia é capaz de solucionar outra tragédia?”, questionam.
Na nota, os bispos pedem intercessão a Nossa Senhora para ajudar na recuperação da vítima do estupro e acolha a criança abortada, além de iluminar os profissionais de saúde para que sejam defensores e protetores da vida.