País que recebe a Copa restringe até pensamento e joga contra o espírito do que deveria ser o evento
A Copa do Mundo do Catar começou. Até agora, 14 gols em 4 jogos. Média de 3,5 gols por partida, puxada, obviamente, pelos 6 a 2 da Inglaterra contra o Irã.
No entanto, embora tenha muita coisa para se falar sobre campo e bola, eu quero escrever a respeito do desrespeito que rola fora das quatro linhas.
O país-sede tem feito várias restrições que não combinam com a Copa. Eu entendo que há questões culturais e religiosas, mas, por outro lado, creio que em um evento tão grandioso como esse, certas coisas não deveriam ser restritas. Para ficar em apenas alguns exemplos, cito a cerveja e a demonstração pública de afeto.
Muitas pessoas vão dizer que a restrição de bebidas alcoólicas pode evitar brigas. Ora, bebo há 16 anos, quase semanalmente, e nunca saí na mão com ninguém. E para quem gosta de tomar uma, não há nada melhor do que ver um jogo “molhando as palavras”.
Já sobre o impedimento da demonstração de afeto, acredito que seja outra medida injustificável em um torneio que prega, justamente, a união dos povos.
A Fifa, que $ó pensa naquilo, colocou seu principal produto em um lugar que não parece ser a melhor vitrine. Independente disso, o dinheiro cairá na conta.
Porém, a Budweiser, uma das principais patrocinadoras da Copa, está satisfeita? Eu não estaria.
Enquanto isso, curto a Copa aqui no meu jeito. E para quem é contra a alegria que o evento promove, tenho apenas um recado:
Vai te catar!