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Bacelarismo: Te dejo, Madrid

Vini Jr.
Foto: Reprodução/Instagram/Vini Jr.
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Vinícius Júnior é um dos melhores jogadores do mundo e campeão de tudo. Não precisa aturar racistas semana sim e semana também

La Liga já mostrou que não liga para o racismo e para os racistas. Deixa eles agirem semanalmente, sem nenhum pudor, nas arquibancadas espanholas. E a maior vítima é o nosso brasileiro Vini Júnior.

Há algumas semanas, disse neste mesmo espaço que o atacante representa o que temos de melhor: alegria, dança, espontaneidade, talento, carisma, habilidade e coragem para encarar desafios. Ou zagueiros. Ou, infelizmente, racistas.

Ele tem apenas 22 anos e já conquistou quase tudo no futebol. Falta a Copa, mas 2026 já está aí e será mais uma oportunidade para levantar este troféu tão desejado.

Até lá, quer dizer, para toda a sua vida, só desejo que ele jogue sua bola em paz. É inacreditável que um estádio quase inteiro o chame de macaco e nada seja feito para combater isso. Pelo contrário. Vini foi o punido. Vini foi o expulso.

A coisa foi tão surreal que até o técnico madridista, Carlo Ancelotti, mudou totalmente seu discurso. Há uns meses, ele havia falado que não existia racismo na Espanha. No último domingo, o treinador italiano se recusou a comentar a partida para protestar contra as ofensas dirigidas ao Vini – mesmo com a postura péssima da jornalista que participava da coletiva.

A situação na Espanha é inaceitável. Vini não é o primeiro, mas, hoje, é o principal alvo de atitudes criminosas. Não sei o quanto isso o afeta e como está sua saúde mental com tudo isso. Pelas suas postagens e por sua reação no jogo contra o Valencia, parece estar no limite. O famoso “saco cheio”.

Fora daquele pedaço de terra denominada Espanha, há muito carinho, amor e afeto esperando pelo Vini. Não tenho dúvidas disso. O cara é um dos melhores do mundo naquilo que faz.

Talvez seja hora de se inspirar em uma cantora, que, assim como ele, nasceu na América do Sul. Shakira já dizia: “Ahí me voy otra vez. Ay, te dejo Madrid!”. E, em português, a continuação da música é ainda melhor: “Sua rotina de pele e tuas vontades de fugir. Eu não quero covardes que me fazem sofrer. Melhor dizer adeus”.

*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.

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