Português é viciado em vencer e não há santo (ou santa) que segure
Eu disse que o Palmeiras precisava encarar a final como um jogo de Paulistão. Sem ideia de Paulistinha. Também afirmei que a equipe não poderia deixar o Água Santa respirar. E, apesar de dizer que acreditava numa vitória tranquila do Verdão neste domingo (9), inclusive acertando o placar horas da decisão (tenho provas), não imaginei que seria tão fácil.
Mas quando se tem Abel Ferreira no banco, a taça (qualquer uma) parece ser uma questão de tempo. O português lembra a famosa dupla Pinky e Cérebro (os mais velhos pegarão a referência), que sempre tinha um plano. Porém, ao contrário dos ratos do desenho, o treinador palmeirense atinge seus objetivos. Só não dominou o mundo, ainda, por um pequeno detalhe – e não há nenhuma provocação aqui.
Na decisão do Paulista 2023, antes mesmo de marcar 2 a 0, aos 27 minutos de partida, com dois gols de Gabriel Menino, o Palmeiras já sufocava o Água Santa. O time de Diadema, dono de uma campanha histórica, não passava do meio de campo.
Ainda no primeiro tempo, Endrick ampliou, deixando o título mais perto do Allianz Parque. A virada, que antes de a bola rolar já era completamente possível, mas difícil até certo ponto, foi feita de maneira simples. Todos sabiam como o Palmeiras deveria se comportar para levantar (mais um) troféu – o oitavo sob o comando de Abel. Mas só o português parece ser capaz de executar planos como o desse domingo com maestria. Sorte dos palmeirenses, que, agora, sem medo de serem felizes, podem falar: “QUE MOMENTO!”, frase dita por Paulo Serdan, em 2018, e que chegou a virar piada após o Palmeiras perder o título paulista para o Corinthians em casa.
Para terminar o texto de hoje, queria também falar de outro português. Aliás, quer saber? Só gostaria de desejar melhoras à sua sogra. Afinal, como diria outro Paulo, o Cintura: “Saúde é o que interessa. O resto não tem pressa”.
P.S: Diniz, eu te amo!