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Bacelarismo: Onde impera a dor, vamos levar amor

Adriano Imperador
Foto: Divulgação/Paramount
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Série da Paramount mostra um Adriano, até então, pouco conhecido pelo público e promove debate necessário sobre saúde mental

“Não tinha mais nem vontade de treinar. Ia porque tinha que ir”. Essa frase não foi dita por um preguiçoso que largou a academia. Foi dita por Adriano Imperador, um dos melhores jogadores do Brasil dos anos 2000 para cá.

A vida de Adriano, dentro e fora dos campos, sempre foi bastante comentada, desde que aquele menino humilde, da Vila Cruzeiro, subúrbio do Rio de Janeiro, explodiu no esporte mais popular do mundo.

Muito se falou de Adriano, mas pouco se ouviu da boca de Adriano. Até que ele resolviu abrir sua boca e seu coração na série que leva o seu nome e está disponível na Paramount.

E ao ouví-lo, podemos vê-lo. Podemos sentir um pouco do que ele sentiu. Adriano ficou sem rumo quando perdeu o pai. Durante a produção que protagoniza, disse, com todas as letras, que não se sentia feliz, mesmo com dinheiro, fama e festas.

Tudo isso tem nome. E o povo brasileiro, que julgou e ainda julga Adriano, sabe bem disso. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo.

No entanto, mesmo assim, muitos brasileiros acham que dinheiro e fama são espécies de antídotos e não entendem – e nem fazem questão de entender – que um jogador de futebol pode estar com depressão. É como se fosse proibido pela “vida boa” que ele tem.

Mudando de esporte, Simone Biles, uma das maiores ginastas de todos os tempos, chamou a atenção do mundo para a sua saúde mental durante os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, levantando uma discussão fundamental para uma sociedade afoita e que se cobra cada vez mais.

Simone nos mostrou que, apesar fazer movimentos que até Deus dúvida, é humana como nós. Assim como Adriano, que foi chamado de Imperador na Itália, ganhou títulos com a Seleção Brasileira, Flamengo e Corinthians, porém nunca deixou de ser aquele carioca da Vila Cruzeiro, moldado à base de virtudes, defeitos, alegrias e tristezas que há em qualquer periferia do planeta.

Adriano teve o mundo aos seus pés e eternizou os seus pés no mítico Maracanã, um dos templos mais sagrados do futebol mundial. Quantas pessoas, entre as quase 8 bilhões que há no planeta, podem se orgulhar de um feito como esse?

Mas isso não pode ser confundido com felicidade. Às vezes, você só quer ser feliz e andar tranquilamente na favela em que nasceu.

Vamos aproveitar o mês de setembro, no qual a cor amarela simboliza o combate ao suicídio e falar aos quatro ventos sobre saúde mental. Porque onde impera a dor, sempre há como ganharmos batalhas com terapia, cuidado e amor.

Vejam a série do Adriano e até a próxima semana!

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