Time do Parque São Jorge viveu a maior vergonha em sua arena nesse domingo (12)
2014: Esse foi o ano dos inesquecíveis 7 a 1, naquela fatídica semifinal de Copa do Mundo, na qual o Brasil foi humilhado pela Alemanha. Também foi a temporada em que o Corinthians, já campeão mundial, inaugurou sua arena, em Itaquera.
Logo no primeiro jogo, uma derrota surpreendente para o Figueirense. Depois disso, algumas eliminações em diversas competições. Não vou listar aqui por dois motivos: esqueceria alguma, com certeza, e não há espaço para tanto. Mas nenhuma delas, nem as duas para o Guarani (PAR), nas Libertadores de 2015 e 2020, foram tão vexaminosas como a que aconteceu nesse domingo, diante do Ituano.
Antes de falar do jogo em si, gostaria de fazer sinceros elogios ao time de Itu, bicampeão paulista neste século (2002 e 2014, olha o ano aí de novo). Além disso, por muito pouco, o Ituano não subiu à elite do Brasileiro no ano passado. No confronto direto contra o Vasco, a camisa da equipe carioca acabou pesando.
Mas este mesmo Ituano quase caiu na atual edição do Paulista. Fez um campeonato sofrível na primeira fase, até ganhar de 3 a 0 do Santos e ir do inferno ao céu. Inclusive, falei deste regulamento esdrúxulo na semana passada.
Contra o Corinthians, nas quartas de final, jogou um primeiro tempo primoroso. O segundo, nem tanto. Merecia ter perdido nos 90 minutos, apesar de toda a sua bravura. Porém, como sabemos, futebol não é merecimento. Mais do que isso, o regulamento do Paulista favorece zebras como essa, embora, historicamente, elas sejam raras. Dá para contar nos dedos quantas vezes os times grandes foram eliminados nesta fase do Estadual.
Por isso, mesmo com as ressalvas feitas, digo, sem pestanejar, que essa foi a maior vergonha do Corinthians na sua casa em quase nove anos. O maior campeão paulista já fazia contas do que precisava para decidir a semifinal na Zona Leste, mas se esqueceu do principal: avançar na competição e ter o direito de jogar na próxima fase, seja em Itaquera ou em outro lugar. Agora, a única conta que restou é a das intermináveis dívidas.