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Bacelarismo: De Vinícius Bacelar para Vinícius Júnior

Vinícius Jr
Foto: Reprodução/Instagram
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Hoje, Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior é mais do que um nome. Ele é um ideal

Um dos principais jogadores do mundo tem o mesmo nome que o meu. A semelhança para por aí. Eu sou de São Paulo, tenho 34 anos e nenhuma habilidade com uma bola de futebol. Já o meu xará de São Gonçalo (RJ) tem 22 anos e, assim como outro Vinícius, o de Moraes, faz poesia – só que com os pés.

Escrevo esse texto horas antes de Vinícius Júnior entrar em campo, diante do Liverpool, pelas oitavas de final da Champions League. Na última edição dessa competição, ele fez o gol que deu o título para o Real Madrid, contra o mesmo rival desta terça-feira, 21/02.

Não sei se ele será decisivo, como foi em maio passado, mas tenho certeza de que o técnico Jurgen Klopp, um cara que admiro demais, está quebrando a cabeça para tentar anular o atacante brasileiro.

Como já disse neste texto, Vini Júnior é um dos maiores nomes do futebol mundial na atualidade. Desde seu último encontro com o time da cidade dos Beatles, o atleta estreou em uma Copa do Mundo e, apesar da campanha decepcionante do Brasil, teve seus bons momentos. Inclusive, fez gol nas oitavas de final do torneio. No recém-disputado Mundial de Clubes, fez um gol na semifinal e outros dois na decisão. Foi eleito o melhor jogador da competição, com toda a justiça.

Porém, infelizmente, para os racistas, todo esse currículo e a contagiante alegria de Vini não são motivos de exaltação. Para os imbecis, o que vale é tentar ofendê-lo por sua cor e sua origem.

Não tive a oportunidade de conhecer meu xará pessoalmente. Mas a imagem que ele passa é maravilhosa. É a representação do que o Brasil tem de melhor: resiliência, felicidade, dança e um futebol ousado. Vini é aquele atacante que não se omite. Pega a bola e parte para cima de quaisquer zagueiros, sem medo de cara feia. Quanto mais tentam intimidá-lo, mais ele cresce.

Fico imaginando quantos meninos brasileiros, diariamente, são impactados positivamente por ele. Quantos se inspiram em sua forma de encarar a vida e os adversários? Milhões, certeza!

Eu sou fã de Klopp e, por isso, geralmente torço pelo Liverpool. Ano passado, na final da Champions, fiz da minha casa um “altar kloppista”. Fiquei muito triste por causa do gol do meu xará.

Mas, hoje, Vinícius José Paixão de Oliveira Júnior é mais do que um nome. Ele é um ideal. E numa terça-feira de Carnaval, festa do povo preto, em que se discute intolerância religiosa por causa de manifestações feitas em um dos programas de maior audiência do Brasil, uma vitória de Vini seria muito simbólica. Hala Vini!

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