Regulamento do Estadual “mais competitivo” do país coloca em xeque a sua própria competitividade
Era 2020. Auge da pandemia do coronavírus no Brasil. As restrições ainda eram severas, mas os Estaduais, depois de cinco meses, voltaram a ser disputados.
Na última rodada, o Água Santa, time de Diadema e no qual eu trabalhava, podia se classificar de maneira histórica ou cair para a A2 do Paulista.
Saímos na frente do poderoso Palmeiras, no vazio Allianz Parque. Era o gol do impossível, do milagre, daquilo que torna o futebol apaixonante. Era o gol da classificação. Era…
O Palmeiras virou a partida, caminhou rumo ao título e o Água Santa caiu.
Agora, em 2023, o Ituano chegou à última rodada na mesma situação. Podia se classificar ou ser rebaixado. Ganhou por 3 a 0 do Santos, avançou de fase e deixou o Peixe, mais uma vez, fora das quartas de final do Paulista.
Com toda a sinceridade, tem lógica um time disputar a classificação e a permanência na elite ao mesmo tempo? Que campeonato é esse? É um regulamento sem cabimento!
Muita gente acha que o Paulista tem que acabar. Eu discordo. Assim como não concordo como ele é disputado hoje.
Poderiam pegar os 16 clubes e dividr em quatro grupos, como é agora, mas, ao invés de enfrentamentos com equipes de outras chaves, os jogos deveriam ser entre si, dentro do próprio grupo. Inclusive, com confrontos de ida e volta.
Desta forma, a primeira fase teria apenas seis datas, a metade das famigeradas 12 atuais. Sem contar que é mais justo disputar a classificação de forma direta, sendo melhor ou pior em relação àquele que realmente luta pela mesma vaga.
E aí, Federação Paulista de Futebol? Vamos acabar com o Estadual (no formato atual)?