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Bacelarismo: Aposta tudo em mim?

zagueiro Eduardo Bauermann
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Diferente da música, o futebol não te promete fazer feliz. Muito pelo contrário

Quem acompanha futebol (ou esportes, em geral), sabe que os sites de apostas viraram uma febre. Você pode tentar a sorte em quaisquer estatísticas de uma partida. Até o número de escanteios rende uma grana aos apostadores.

Muitas pessoas têm se aventurado nisso e, obviamente, os problemas com esse tipo de atividade apareceriam mais cedo ou mais tarde. Tão certo igual 2+2=4.

As pessoas podem não ter noção de quanto as apostas prejudicam o jogo. Afinal, um cartão amarelo, um escanteio e uma falta, muitas vezes, são considerados inofensivos. Mas se engana quem pensa assim. Eles decidem, sim, jogos. Até mesmo campeonatos.

Imagine a seguinte situação: um jogador recebe dinheiro para tomar um cartão amarelo. Vai lá e, aos 10 minutos do primeiro tempo, faz o combinado com os apostadores. São mais 80 minutos sem poder ser advertido novamente. Neste caso, o atleta, talvez, até tenha medo de “chegar junto”, o que facilitaria a vida do time adversário. Porém, caso exagere na dose (por necessidade do jogo ou não), fatalmente será expulso. Nem preciso escrever mais nada para explicar o porquê essa partida hipotética estaria “contaminada”.

Toda essa conversa de apostas interferirem em resultados dos jogos, diretamente ou indiretamente, voltou com toda a força após o início da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo Ministério Público de Goiás.

Entre os investigados está o zagueiro Eduardo Bauermann, afastado pelo Santos nesta terça-feira (9). As prints da conversa do jogador com um apostador são estarrecedoras. Até ameaça de morte rolou. O próprio defensor admitiu estar com medo, aflito. Tudo isso a troco do quê? Quanto custa a paz e o sossego da sua família? Outro clube se arriscaria a contratar o atleta? Você gostaria de tê-lo no seu time?

A música de Jonas Esticado propõe: “Investe em mim. Aposta tudo em mim. Eu prometo te fazer feliz”. Lamentavelmente, nas apostas do futebol, não há como prometer felicidade. Bauermann que o diga.

*Vinícius Bacelar é jornalista, formado pela Universidade São Judas Tadeu, acumula passagens por algumas das principais redações do Brasil, como Agora S.Paulo, Folha de S. Paulo, R7 e UOL. Também foi editor do Metrô News. Como assessor de imprensa atuou nas eleições municipais de Guarulhos de 2016. Posteriormente, atendeu o Esporte Clube Água Santa, o Bangu Atlético Clube e o Boston City FC Brasil, além de atletas, técnicos e dirigentes.

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