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Águas de março

Água Santa, após se classificar à final do Paulistão
Foto: Água Santa/Divulgação
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É Pal(meiras), uma pedra, mas será o fim do caminho?

O que é possível fazer em 10 anos? Aliás, uma década é pouco ou muito tempo? Tudo depende do ponto de vista. Para o meu sobrinho, que vai celebrar seu 11° aniversário em agosto, 10 anos são uma vida. Para mim, correspondem menos de um terço da minha idade. Para o Água Santa, time de Diadema, uma década é o período de um salto: do primeiro jogo como profissional, em 2013, à final do Campeonato Paulista, o estadual mais disputado do Brasil, em 2023.

Se a história do Água Santa fosse um enredo de Carnaval, ganharia nota 10 de todos os jurados, apesar dos problemas com a evolução, até porque são quesitos distintos (risos). Foram 10 anos de ascensão meteórica, mas com alguns recuos (não iguais àquele do sambódromo). A equipe caiu, subiu de novo, foi rebaixada mais uma vez até chegar à apoteose na noite de segunda-feira (20).

Um dia, com certeza, histórico. Não só para o clube, como para Diadema. A cidade, infelizmente, não pôde receber o jogo mais importante da existência do Água Santa, até então. Mas água por água e santidade por santidade, o município litorâneo de Santos foi a casa perfeita para o Netuno, deus do mar e apelido do time diademense. No duelo das bebidas, as asas da santa água levantaram um voo mais alto do que as do “touro alado” de Bragança.

Agora, o desafio é contra o Palmeiras, melhor time do Brasil e que, sem querer, em 2016, revelou o Água Santa para o país. Há sete anos, o Netuno aplicou uma goleada por 4 a 1 no Verdão, em Presidente Prudente. O placar provocou o surto de um famoso jornalista, que foi demitido da rádio na qual trabalhava à época. Também foi depois desse jogo que o técnico Cuca prometeu – e cumpriu – o título brasileiro daquela temporada.

Em 2020, os times se reencontraram, desta vez no Allianz Parque, e o Água Santa foi rebaixado com a derrota por 2 a 1. O palco da dor, há três anos, virou o local da glória em 2023, quando a equipe de Diadema eliminou o gigante São Paulo nas quartas de final do Paulista. E vai ser neste mesmo estádio que o Netuno vai decidir o Estadual.

A decisão será apenas no dia 9 de abril, mas a forma como o Água fechou março é uma promessa de vida nos corações de todos os seus torcedores.

É Pal(meiras), é uma pedra, mas será o fim do caminho? Não sabemos. Afinal, como diz o hino do Netuno, que teve colaboração de Naldo Benny (é sério!): “Ninguém segura a água. Essa água é santa!”.

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