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Pandemia produziu um bilionário a cada 26 horas enquanto milhões de pessoas ficaram pobres

Foto: Unsplash
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Os 10 homens mais ricos do mundo dobraram suas fortunas enquanto a renda de 99% da humanidade caiu

Os 10 homens mais ricos do mundo mais que dobraram suas fortunas, de US$ 700 bilhões (R$ 3,87 trilhões) para US$ 1,5 trilhão (R$ 8,3 trilhões), durante os dois primeiros anos da pandemia de covid-19. Com isso, um um novo bilionário surgiu a cada 26 horas. Por outro lado, a renda de 99% da humanidade caiu e mais de 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza.

É o que revela o novo relatório da Oxfam, A Desigualdade Mata, lançado neste domingo (16), às vésperas do encontro do Fórum Econômico Mundial 2022 em Davos, Suíça.

“Os 10 homens mais ricos do mundo têm hoje seis vezes mais riqueza do que os 3,1 bilhões mais pobres do mundo”, afirma Katia Maia, diretora executiva da Oxfam Brasil.

O estudo também aponta que a riqueza dos bilionários aumentou mais durante a pandemia da covid-19 do que nos últimos 14 anos.

Brasil

No Brasil, são 55 bilionários com riqueza total de US$ 176 bilhões. Desde março de 2020, quando a pandemia foi declarada, o país ganhou 10 novos bilionários. O aumento da riqueza dos bilionários durante a pandemia foi de 30% (US$ 39,6 bilhões), enquanto 90% da população teve uma redução de 0,2% entre 2019 e 2021. Os 20 maiores bilionários do país têm mais riqueza (US$ 121 bilhões) do que 128 milhões de brasileiros (60% da população).

“É inadmissível que alguns poucos brasileiros tenham lucrado tanto durante a pandemia quando a esmagadora maioria da população ficou mais pobre. Milhões de brasileiros sofreram com a perda de emprego e renda, enfrentando uma grave crise sanitária e econômica”, afirma Katia.

Desigualdade

Segundo o estudo da Oxfam, as desigualdades estão contribuindo para a morte de pelo menos 21 mil pessoas por dia, ou uma pessoa a cada quatro segundos. O dado foi baseado nas mortes globais provocadas pela falta de acesso à saúde pública, violência de gênero, fome e crise climática.

O relatório ainda aponta que as desigualdades extremas são uma forma de violência econômica e que, nos últimos dois anos, os governos de países ricos não conseguiram aumentar impostos sobre a riqueza dos mais ricos e continuam a privatizar bens públicos como a ciência das vacinas. 

Ao final do estudos, a Oxfam faz as seguintes recomendações aos governos:

  • Invistam os trilhões que podem ser arrecadados com essas taxas em saúde pública universal e proteção social, adaptação climática e prevenção contra violência de gênero;
  • Enfrentem leis sexistas e racistas que discriminam mulheres e diferentes grupos raciais e étnicos, e crie novas leis de igualdade de gênero para acabar com a violência e discriminação;
  • Acabem com leis que minam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras se sindicalizarem e fazerem greve, e estabeleçam padrões legais mais robustos para sua proteção.

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