Aproximadamente 300 pessoas participaram do ato que passou por pontos históricos da cultura negra na cidade
O dia da Consciência Negra, celebrado no sábado (20), foi marcado por uma marcha realizada pelo Compir (Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial), na qual foram visitados diferentes marcos da história dos negros na cidade.
A marcha, que reuniu aproximadamente 300 pessoas, teve início no Marco da Consciência Negra, localizado na confluência das ruas Lucila, Anita Guastini Eiras e Arminda de Lima, próximo à praça dos Estudantes.
Entre os pontos históricos, a marcha passou pela Rua Nossa Senhora Mãe dos Homens (pretos), pelo Busto da Mãe Negra na Praça Getúlio Vargas, na Rua Luiz Gama (advogado, abolicionista, jornalista e escritor brasileiro e patrono da abolição da escravidão no Brasil), e pela Igreja Nossa Senhora do Rosário Mãe dos Homens Pretos e São Benedito.
O percurso foi finalizado na Rua Dom Pedro II, onde se encontra construída com tijolos pretos uma “mancha escura” no chão na praça Conselheiro Crispiniano, que tem o intuito de recuperar a história, a memória da resistência e a identidade dos pretos escravizados pertencentes às diversas irmandades que se reuniam na antiga igreja Nossa Senhora do Rosário, que ali fora construída no primeiro quarto dos anos 1700, onde também há uma placa em metal contendo a informação sobre esse marco histórico.
O ato foi realizado em parceria com sindicatos, organizações sociais e Prefeitura. O vereador Edmilson Souza (Psol), que participou do evento, ressaltou a importância da data.
“Existe ainda uma visão equivocada de que o racismo diminuiu no Brasil, que o racismo deixou de existir. Na verdade ele está presente, de forma estrutural, nas relações do Estado, nas relações de poder, nas relações cotidianas do dia a dia”, disse Edmilson, que lembrou ainda que foram realizados diversos atos no Brasil.
No caso de Guarulhos, a CUT deu um tom político e levou ainda dizeres de #ForaBolsonaroRacista para as ruas.