O secretário de Saúde, José Mario, informou que a compra de máscaras por R$ 6,20 cada, três vezes a média do valor praticado pelo mercado e uma soma R$ 1,88 milhão, foi necessária para proteger os profissionais de saúde na batalha contra o coronavírus e deve durar por três meses.
“Eu me sinto extremamente mais a vontade em dar uma explicação mesmo que sintética a todos em relação as mascaras, do que seu tivesse que dar que não estamos tendo máscaras para nossos funcionários para a área da saúde” , disse o secretário no começo da live do prefeito Guti (PSD), nesta quarta-feira.
Segundo o secretário, foram cotados mais de 70 fornecedores, mas apenas três tinham a pronta entrega. Entre estes, o valor unitário de cada máscara era de R$ 6,20, R$ 7,00. A Prefeitura, portanto, teria comprado pelo menor preço.
“No momento que a gente tem uma pandemia e tem que se escolher entre a vida das pessoas ou pagar um preço que infelizmente não está sendo praticado antes da pandemia, um preço superior, a gente tem que ficar com a vida”, disse o prefeito em apoio ao secretário.
De acordo com Guti, a Prefeitura irá averiguar se houve dano ao erário público e, caso comprovado, tomará as medidas cabíveis. Ele disse ainda que neste momento “cada segundo importa” e que algumas pessoas têm aproveitado para politizar o tema.
As declarações do secretário e do prefeito visam esclarecer aos guarulhenses a notícia de que o Ministério Público de Contas abriu investigação para verificar a compra de máscaras por um preço superfaturado.
A aquisição foi publicada no Diário Oficial de 26 de março, por meio de uma empresa de um único sócio.
O prefeito e o secretário ainda ressaltaram que durante a pandemia o preço de diversos itens necessários, a exemplo do botijão de gás, estão superfaturados, mas que diante da necessidade muitos têm que comprar e depois correr atrás dos seus direitos.