Ex-governador quer disputar eleições de 2022 e não tem apoio de Doria, que mostrou preferência por Rodrigo Garcia
A filiação do vice-governador Rodrigo Garcia ao PSDB, na sexta-feira (14), foi a gota d’água para que o ex-governador Geraldo Alckmin decidisse deixar o partido e avisasse os aliados sobre tal decisão, de acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.
Alckmin quer disputar as eleições de 2022 e tentar retornar ao cargo de governador de São Paulo. Porém, a filiação de Rodrigo Garcia, que tem todo o apoio do atual governador João Doria (PSDB), o impede de realizar tal fato.
De acordo com a colunista, Alckmin pretende deixar o ninho tucano e tem portas abertas em partidos como Podemos, o PSD de Gilberto Kassab, o PSB de Márcio França e o DEM de ACM Neto.
Nada foi concretizado ainda, mas, segundo Bergamo, se Alckmin decidir sair do partido é possível que haja uma força-tarefa para tentar mantê-lo, a ponto de sacrificarem a reeleição de José Serra como senador para dar o cargo a Alckmin.
Vale ressaltar que foi Alckmin quem apadrinhou Doria politicamente. Quando todo o partido foi contra, Alckmin bancou o nome de Doria para a Prefeitura de São Paulo e mostrou que tinha feito a aposta certa quando o empresário venceu o pleito de 2016.
Mas em 2018, Alckmin e Doria entraram em atrito. O tucano viu seu apadrinhado deixar a Prefeitura para disputar o cargo de governador, ao qual Alckmin deixou para disputar a Presidência. Entretanto, o nome de Doria chegou a ser ventilado como presidenciável.
A frustração foi ainda maior quando Doria flertou comJair Bolsonaro, à época candidato à presidência pelo PSL, e criou o BolsoDoria.
Novamente, os dois tucanos parecem não se bicar mais.