População lotou a galeria da Câmara Municipal para reclamar do imposto
A temperatura ferveu na Câmara Municipal nesta quarta-feira (25). A população tomou a galeria do Legislativo para protestar contra a taxa do lixo. Muitas pessoas tiveram que ficar do lado de fora por causa da falta de espaço. Já na sessão, houve bate-boca, ameaça de agressão, mas não houve votação do projeto que pode revogar a taxa do lixo.
Logo no início da sessão, o vereador Geleia Protetor (PSDB) foi vaiado por defender o prefeito Guti (PSD). Contrariado, ele fez provocações à plateia. “Eu sou Guti, Guti, Guti. Continua (vaiando) turma do Liminha”, disse. E fez uma insinuação ao vereador Leandro Dourado (PDT), recém-ingresso na oposição. “O Dourado está pagando vocês direitinho. Deu coxinha? Deu o quê?”, interrogou.
Após ter sua fala interrompida pelo presidente da Câmara, Fausto Miguel Martello (PDT), Geleia começou a gritar, o que culminou na suspensão momentânea dos trabalhos.
Na sequência, a sessão teve que ser interrompida novamente. Dourado e Jorginho Mota (PTC) bateram boca e tiveram que ser apartados. Em seguida, Geleia foi segurado para impedir que chegasse perto de Dourado.
Na tribuna, Jorginho falou sobre “incitação de ódio e briga” em relação a Dourado. “Não deferi palavras de baixo calão. Não falei nada que ofendesse a moral dele”, afirmou
Dourado respondeu que Jorginho o ameaçou se ele não retirasse a sua assessoria da galeria.
Apesar do excesso de discursos contra a taxa do lixo, os parlamentares não votaram a deliberação do projeto de lei 1.465/2022, para revogar o imposto. Da mesma forma, por falta de parecer, não foi votado o projeto que cria a Taxa Ambiental para as empresas aéreas. O prefeito Guti (PSD) já disse publicamente que, ao criar esse imposto, será possível retirar a taxa do lixo em 2023.