Informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde
Entre janeiro de 2019 e abril de 2022 foram realizados sete abortos com autorização judicial em Guarulhos, sendo que dois deles em hospitais públicos e um em maternidade filantrópica. As informações foram confirmadas pelo Ministério da Saúde, em resposta via Lei de Acesso à Informação.
O órgão federal não confirma as causas das interrupções das gestações, nem as idades das gestantes ou dos fetos.
De acordo com o ministério, em 2019, aconteceu um aborto na Maternidade Jesus, José e Maria (JJM), no Parque Renato Maia. No ano seguinte, foram três abortos, sendo dois no JJM e um no Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso. Em 2021, ocorreram dois abortos no HGG (Hospital Geral de Guarulhos), no Parque Cecap. Neste ano, mais uma gestação foi interrompida no Hospital dos Pimentas.
A expectativa do Governo do Estado e da Prefeitura de Guarulhos é que, no próximo semestre, sejam retomadas as obras do Instituto de Saúde da Mulher, no Parque Renato Maia. Quando ficar pronto, o local deve concentrar o atendimento a esses casos.
A legislação nacional permite a interrupção das gestações em caso de estupro, risco de morte da gestante ou feto com anencefalia. Em qualquer outra situação, o aborto é crime no Brasil, com previsão de prisão.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) defende o aborto como direito reprodutivo das mulheres. Já a Comissão de Defesa da Vida, da Diocese de Guarulhos, trabalha no convencimento das mulheres para que não realizem abortos e considera a interrupção de uma gestação como “cultura de morte” contra os bebês.