Liminar impede que candidatos inscritos por Mateus Tolentino possam concorrer para a Câmara Municipal
O juiz Afonso Celso da Silva, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), deferiu liminar, na quinta-feira (8), a favor do Diretório Estadual do PSL para destituir o advogado Mateus Tolentino do comando do PSL Guarulhos e a convenção comandada por ele. Isso significa que fica mantida a candidatura de Néfi Tales Filho.
Néfi e Tolentino disputam na Justiça o comando do partido. Com a decisão, os candidatos a vereador inscritos pelo advogado estão impedidos de concorrer à eleição. Apenas os pleiteantes inscritos na convenção comandada por Néfi terão os votos validados. Como a decisão é liminar, ainda cabe recurso.
Segundo Néfi, Tolentino queria coligar o PSL à candidatura de Fran Corrêa (PSDB), na contramão da decisão do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, que defendia candidatura própria ao Executivo em Guarulhos. Ele afirmou que Tolentino é funcionário comissionado do deputado federal Eli Corrêa Filho (DEM), marido de Fran. “Ele estava favorecendo a mulher do patrão dele”, acusou.
Tolentino respondeu que a decisão é liminar e que já tomou as medidas judiciais cabíveis. “Estou bem tranquilo”, afirmou. Ele disse que Néfi “não sabe o que diz”, que o estatuto do PSL não proíbe ter vínculo com cargo em comissão. Apesar disso, Tolentino garante que estava exonerado quando assumiu o comando do PSL.
O advogado conta que deixou a assessoria de Eli Corrêa em 1º de julho e que assumiu o PSL apenas em agosto. “Já fui secretário geral do partido. Ele (Néfi) chegou no partido nesse ano. Tenho vínculo com o PSL há mais de um ano e meio. Estou bem tranquilo, confiante e trabalhando bastante pela nossa vitória”.