Reunião convocada pelo sindicato deve determinar rumo da luta contra extinção da empresa e manutenção do emprego
O Stap (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal) convocou nova assembleia, para esta quarta-feira (15), às 9h, para deliberação de uma possível nova greve contra a extinção da empresa e pela manutenção dos empregos.
“A resistência na Proguaru entra numa fase decisiva. O prefeito Guti age como se a empresa fosse dele. Mas mesmo o empresário privado sabe que a empresa tem função social estabelecida na Constituição“, disse Pedro Zanotti, presidente do Stap.
A extinção da Proguaru foi aprovada na Câmara Municipal no final do ano passado e sancionada pelo prefeito Guti (PSD) sob justificativa de sucessivos prejuízos de R$ 200 milhões.
A proposta da Prefeitura é terceirizar os serviços prestados pela empresa e criar uma nova Secretaria de Zeladoria que irá ficar responsável pela fiscalização e execução de parte dos serviços.
Sindicato, Oposição e trabalhadores, porém, afirmam que o prejuízo gerado pela empresa decorre da má gestão e ainda impactará na demissão de 4,7 mil funcionários.
Inicialmente a Prefeitura falou em um Plano de Demissão Voluntária, que não prosperou até o momento, e ainda há dúvidas se a companhia de capital misto terá dinheiro para quitar as rescisões dos trabalhadores.
A comissão de trabalhadores “Em Defesa da Proguaru” coletou, como determina a lei orgânica, assinaturas suficientes para a realização de um referendo para que a população decidisse sobre o futuro da empresa.
O pedido foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo sob argumento de que o pedido precisa ser aprovado pelo plenário da Câmara, que tem ampla maioria governista. O presidente da Câmara, Martello (PDT), recorreu da decisão.