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Tony Auad: rádios comunitárias precisam de fiscalização para cumprirem seu papel

Foto: Unsplash
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Enquanto algumas apresentam um trabalho certo, boa parte se aproveita para cobrar propagandas e valores indevidos de convidados

Tony Auad
Foto: Divulgação

Hoje inicio a minha coluna comentando sobre os programas independentes e concessionados na televisão brasileira. São muitos, os quais a qualidade está abaixo da crítica, pela fraca produção e acima de tudo por trazer atrações que não representam nada no contexto geral.

Claro que tem exceções, pois existem programas que já são pagos à sua exibição pelos seus produtores e possuem qualidade, mas isso é muito raro num meio onde a vaidade e o sonho de ser apresentador prevalece.

Esse fato é muito peculiar nas emissoras comunitárias onde qualquer um apresenta um programa de qualquer coisa e fica no ar, até porque não existe uma fiscalização nesse sentido.

Em São Paulo, principalmente a maior cidade do Brasil, existem inúmeras emissoras de rádio comunitária, umas oficializadas e outras não, porém a programação fica muito a desejar, por parte de seus produtores.

A coluna tem informação que há regras e normas para se colocar uma emissora comunitária no ar, entretanto, quando se coloca, sua programação fica abaixo da crítica até porque a coluna desconhece qualquer punição nesse segmento.

Segundo a legislação, essas emissoras tanto de rádio como de televisão, não podem inserir comerciais de nenhuma empresa, limitando-se a veicular apenas apoio do patrocinador como apoiador, mas isso não acontece. Porque o produtor independente tem seu custo operacional e ele tem que tirar de algum lugar, muito embora a audiência dessas emissoras não chegam a um ponto pela péssima grade de programação que elas apresentam.

A coluna, por uma questão de ética, não mencionará as emissoras comunitárias inseridas nesse contexto, até porque o objetivo da coluna é informar e não julgar ou corrigir essas deficiências aqui apresentadas.

Tudo isso sem contar as rádios web, uma verdadeira aberração tanto na forma de colocá-la no ar como sua programação, tudo sem fiscalização. Isso sem contar que essas emissoras trazem cantores desconhecidos cobrando uma taxa de R$ 200,00 a R$ 350,00 por apresentação.
São emissoras que não exigem despesas orçamentárias para sua criação, qualquer um cria a emissora na sua própria residência. A coluna pesquisou que 95% dessas emissoras não sofrem nenhum tipo de fiscalização e suas programações, ficam muito a desejar.

Tanto as emissoras de rádio comunitárias ou televisão comunitárias precisam ser  remodeladas e terem uma fiscalização em todos os aspectos, o que não acontece atualmente. Tudo isso sem contar as rádios piratas que vêm sendo fechadas pela Polícia Federal. A bem da verdade, ou se fiscaliza e coloca uma nomenclatura profissional com normas e regras, ou daqui a alguns anos a baderna na radiodifusão estará crescendo por falta de fiscalização ou pela turma do “deixa pra lá” 

Frase final:  É melhor carregar a esperança de uma conquista, do que reclamar por não tê-la conseguido.

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