Comediante foi condenado a prisão e pagar multa de R$ 2 milhões
Hoje inicio a minha coluna comentando a condenação a oito anos de prisão, três meses e nove dias em regime fechado do humorista Léo Lins, no último dia 30 de maio de 2025. Para muitos, um absurdo que fere o direito de expressão.
Para o humorista, a decisão da justiça mostra que o entender da juíza responsável pelo caso mistura as linhas entre a realidade e ficção, não observando que o humorista é apenas um personagem e que a sociedade vive um período de “cegueira racional”.
Léo Lins faz nas suas apresentações muitas piadas de cunho preconceituoso e ainda publica seus vídeos no seu canal de Youtube, deixando claro ao público e notório que suas interpretações mostram nas suas afirmações: o direito interpretativo de suas opiniões.
Seu nome de batismo: Leonardo de Lima Borges Lins, conhecido como o humorista Léo Lins, se tornou uma persona cômica criada ao longo dos anos, onde faz piadas ácidas, críticas além de ter consciência que nem todas as piadas são para todas as pessoas, até porque o humorista no palco interpreta um personagem.
Além da condenação, Léo Lins terá que pagar uma multa de R$ 2 milhões, muito embora essa condenação não tenha embasamento que justifique a decisão. Baseado nessa teoria justifica-se que nos locais das apresentações havia placas dizendo “Show de Humor”, apresentação de Stand-Up Comedy.
A juíza, segundo o texto da sentença, afirma que o show de humor sai do teatro, já que as piadas foram apresentadas no YouTube, o que dimensiona a interpretação preconceituosa para mais pessoas.
Para a coluna, há um exagero na condenação do humorista Léo Lins. Esse jornalista entende que o humorista comete preconceitos nas suas interpretações e não precisava nada disso, pois talento não lhe falta para uma apresentação mais plausível. O Brasil tem muitos outros problemas que poderiam, se fossem ajuizados, levar muitos outros à condenação, mas isso não acontece por justificativas não aceitáveis. Léo Lins precisa mudar sua interpretação nos palcos da vida, mas não pode ser um bode expiatório que venha coibir a liberdade de expressão.
Frase Final: Tudo que se planta na vida tem a sua colheita, mesmo que seja demorada. Ela vem às vezes com juros e correção monetária.