Júlia Almeida tem a missão de administrar a produtora Boa Palavra que cuida das obras do pai
Hoje inicio a minha coluna comentando o afastamento do autor Manoel Carlos após ser diagnosticado com Parkinson. Longe dos holofotes, o autor se aposentou e não escreve uma novela desde 2014. Manoel, de 91 anos, incumbiu sua filha Júlia Almeida da missão de preservar seu legado.
O autor contou que tem arquivado na sua produtora uma média de sete mil caixas com sinopses inéditas e livros, onde ele faz questão que seu trabalho continue para outras gerações. Manoel Carlos mora com muita tranquilidade num apartamento da zona sul do Rio de Janeiro desde que recebeu o diagnóstico há seis anos. Segundo ele, é uma doença tratável. Ele está muito bem assessorado por médicos e tem acompanhantes. Essas afirmações foram dadas à colunista Anna Luiza Santiago, do jornal O Globo do Rio de Janeiro.
O que ele quer mesmo é que o trabalho dele continue para outras gerações com o comando da filha Júlia, que já atuou como atriz em várias novelas escritas pelo pai. Júlia é responsável agora por continuar o legado do pai. Ela tem uma pequena equipe que ao seu lado se responsabilizam por catálogos e organizam as caixas que ainda guardam, prêmios, fotos e objetos do novelista.
O autor criou a entrada da Bossa Nova junto com o Leblon, área nobre do Rio de Janeiro, assim como as protagonistas de nome Helena. O bairro carioca é um marco de suas histórias na televisão brasileira.
Depois de novelas de sucessos mostrando a rotina dos moradores do Leblon como Felicidade (1991), Por Amor (1997), Laços de Família (2000), Mulheres Apaixonadas (2003), Páginas da Vida (2006). Júlia Almeida está preparando uma biografia sobre seu pai, que deverá ser lançada em 2025, quando ele completa 92 anos.
Frase final: Dê prioridade a quem prioriza, aos demais, entregue a reciprocidade.