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Tony Auad: Globo vence 1º round em ação movida por médicos pró-cloroquina

Fantástico
Foto: Reprodução/TV Globo
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Associação que defende o uso do medicamento sem eficácia disse que autonomia e imagem dos médicos foi prejudicada em matéria do Fantástico

Tony Auad
Foto: Divulgação

Hoje inicio a minha coluna comentando a vitória da Globo no processo contra os médicos que são favoráveis pró-Cloroquina, que acusam a emissora de prejudicar a classe médica.

Tudo começou quando a Associação Médicos Pela Vida, que apoia o tratamento da Covid-19 com os remédios sem eficácia, processou a emissora por causa de uma matéria exibida no Fantástico.

A matéria foi exibida em março deste ano. Nela a revista eletrônica criticava um manifesto publicado pelo grupo pró-Cloroquina. O caso foi julgado na 29º Vara Cível de São Paulo.

A coluna teve acesso ao documento que deu a vitória para a Rede Globo. A entidade queria o direito de resposta no Fantástico para reafirmar a sua crença e o pagamento de R$ 10 mil como indenização.

Agora, os Médicos pela Vida terão que pagar as custas do processo e os honorários para os advogados da Globo, orçado em 10% do valor pedido na causa.

A bem da verdade, a briga começou mesmo em 28 de março quando a Globo condenou o protocolo ineficaz que ficou conhecido como tratamento precoce. Na época, Tadeu Schmidt e Poliana Abrita, reafirmaram que a Hidroxicloroquina não funcionava contra a Covid-19.

Porém, uma semana antes, a entidade havia publicado um manifesto pago nos jornais de maior circulação no Brasil para defender a autonomia médica para receitar qualquer medicação, sem necessariamente seguir diretrizes de órgãos responsáveis pelo combate à pandemia.

Na noite da exibição da matéria, o Fantástico marcou 21,9 pontos no Ibope da Grande São Paulo. Os médicos argumentaram que a emissora usou a sua visibilidade e seu programa jornalístico de maior prestígio para depreciar o manifesto, mas não foi dessa forma que a justiça avaliou o caso.

Na decisão, a Juíza Daniela Dejuste de Paula, que analisou a briga, argumentou que já existem comprovações de que os remédios não tiveram nenhum tipo de ajuda ou eficácia em doentes e que o número de altas mortes no Brasil pela doença fala por si só.

Inclusive, a Magistrada deu uma bronca nos médicos e disse que ficou chocada com o fato de o caso ter ido parar no tribunal. A Juíza afirmou ainda “Que causa espanto, no mínimo , que uma entidade como a autora do processo, que deveria concentrar esforços no sentido de defender a saúde chegasse a esse ponto”. O caso cabe recurso.

Frase Final: O amanhã só será vitorioso se o hoje houver verdades e força de vontade.

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