Globo afirmou que ex-presidente Lula não participou por incompatibilidade de agenda
Hoje inicio a minha coluna comentando o documentário que a Globo Play lançou na última sexta-feira com o título Caso Celso Daniel que no segundo semestre também será exibido no canal aberto TV Globo. O seriado não faz tantas revelações, mas reafirma as dúvidas sobre este brutal assassinato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não fez parte do elenco da história mesmo sempre fazendo parte da carreira política de Celso Daniel, até porque Lula recusa-se em dar entrevista para abordar esse assunto.
Apesar de não falar diretamente no documentário, o líder do PT aparece nas imagens do documentário. Segundo a produção da Globo, a ausência do ex-presidente se dá por um conflito de agenda, o que a coluna discorda veementemente.
Prefeito da cidade de Santo André, no ABC Paulista, Celso Augusto Daniel (1951-2002) era do PT (Partido dos Trabalhadores), considerado um ótimo gestor pela população de Santo André, além de ser um colega respeitado dentro do partido e uma das figuras mais promissoras no cenário político Brasileiro devido à sua articulação e inteligência.
Daniel foi sequestrado na noite de 18 de janeiro de 2002 após ter jantado em um restaurante no centro de São Paulo com o empresário Sérgio Gomes da Silva, seu amigo e segurança pessoal, nesse documentário interpretado pelo ator Tuca Andrada em simulações dramáticas no documentário.
Celso Daniel foi encontrado dois dias após o sequestro em 20 de janeiro de 2002, em uma estrada rural de Juquitiba (Estado de São Paulo) na região metropolitana e com várias marcas de tiros.
No primeiro capítulo da série-documental, Gilberto Carvalho, ex-ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, sempre afirmou que Celso Daniel tinha um futuro promissor no Partido dos Trabalhadores.
Para a produção desse documentário, a Globo procurou várias pessoas ligadas à Celso Daniel que optaram por não fornecerem informações e não terem envolvimento com o documentário. Já as que concordaram em dar depoimentos deram preferência por não darem entrevistas. Por uma questão de ética a coluna não citará seus nomes.
O Documentário foi bem feito, porém a falta da complementação de depoimentos deixou um pouco à desejar e as justificativas de quem preferiu se omitir do que dar informações para não se comprometer não convenceu ninguém. A coluna entende que é um momento delicado, porém quem não quis se envolver na história deve lembrar daquela frase: “Quem não deve não teme”.
Frase Final: “Quem não faz parte da história nunca será lembrado”