A novela esteve em produção nos últimos três anos

Hoje inicio a minha coluna comentando a decisão da Globo em interromper o remake da novela de grande sucesso no passado “A Viagem” (1994) que já estava em produção há três anos.
A equipe que trabalhava na terceira versão do folhetim espírita já tinha capítulos adaptados para o novo formato. Mas a obra não terá a mesma chance de “Pantanal” (2022) para se provar um sucesso temporal.
Segundo o colunista Flávio Ricco, do R7, a ordem para interromper o projeto desanimou as pessoas envolvidas na produção. Internamente, os comentários são de que o remake tem “chance zero” de sair do papel após a paralisação dos trabalhos.
Porém, hoje o departamento de teledramaturgia da Globo conta com uma fila de remakes em andamento e ainda planeja outras histórias conhecidas para os próximos anos, isso se não houver desistência da continuidade da produção. É o caso nova versão de “Elas por Elas” (1982) que vai substituir “Amor Perfeito”, novela da faixa horária das seis. Talvez essa alternativa de produzir os grandes sucessos das novelas que marcaram época possa resolver o problema para a grade de programação nos horários tradicionais das novelas.
Já para o lugar de “Terra e Paixão” a Globo vai exibir “Renascer”, novela de Benedito Ruy Barbosa, originalmente exibida em 1993. Um grande sucesso da época que consagrou de vez o autor na televisão brasileira.
“A Viagem” foi apresentada na Globo em 1994 no horário das 19h. Ela foi escrita por Ivani Ribeiro (1922-1995), nessa oportunidade ela já era a segunda versão da saga de Alexandre, um playboy que comete suicídio após ser abandonado pela família e pelos amigos na cadeia. A primeira “A Viagem” foi ao ar na TV Tupi em 1975.
Nesse ano o ator Guilherme Fontes interpretou Alexandre na adaptação da TV Globo. No início da trama ele mata um homem em uma tentativa de roubo. Ao fugir da polícia é delatado pelo irmão Raul (Miguel Falabella) e pelo tio Téo (Maurício Mattar) . Ele é preso e ainda tenta pedir ajuda do criminalista Otávio Jordão (Antônio Fagundes) que nega a defesa por ser amigo da vítima.
Para a coluna, interromper um projeto que no passado já foi grande sucesso mostra que às vezes uma grande história perde sua credibilidade quando os próprios idealizadores não acreditam nela.
Frase Final: O trabalho dignifica a pessoa, quando é pago justamente.