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Tony Auad: Entenda porque Silvio Santos não aluga horário para igrejas no SBT

RR Soares x Silvio Santos
Foto: reprodução/montagem
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Já na Band, o missionário R.R Soares retorna com seu programa religioso, na parte da manhã

Hoje inicio a minha coluna comentando porque Silvio Santos nunca aceitou no SBT o dinheiro fácil de igrejas. Mesmo em momentos de dificuldade, o apresentador e empresário se recusou a locar horários para doutrinamento religioso.

Por outro lado, oito meses após deixar a Band, o missionário R.R. Soares, da Igreja Internacional da Graça de Deus, voltará à tela do canal. Após não renovar o contrato do programa dele no horário nobre, a emissora aceitou fazer um novo acordo, agora para locar espaço no início da manhã.

A volta do famoso telepastor à Band reforça a dependência que várias redes de TVs têm do dinheiro de grandes igrejas. Os milhões pagos a partir do dízimo dos fiéis ajudam essas emissoras a fechar as contas. É uma garantia de faturamento todo mês sem esforço nenhum. A Record e a Rede TV estão neste grupo.

Já o SBT não disponibiliza horários para programas religiosos. Trata-se de um princípio inegociável imposto por Silvio Santos, dono do canal. Mesmo em fase de dificuldades para as TVs, com o início da pandemia, quando houve retração da publicidade, inteligentemente Silvio não cedeu.

“Judeu não deve alugar a televisão para outros. Vocês não sabem que os judeus perderam tudo quando deixaram outras religiões entrarem em Israel”, explicou Silvio Santos em uma entrevista para Folha de São Paulo em 2013.

O Judeu não pode deixar que a casa dele tenha outra religião. E, por isso que não deixo nenhuma religião entrar no SBT, que é uma casa judaica. Sílvio Santos, que é filho de imigrantes Russos, seguem muitos preceitos do judaísmo. Ele também frequenta eventualmente cultos evangélicos para acompanhar a mulher e as filhas, membros da religião.

O dinheiro associado à pregação de pastores não tem feito falta ao SBT. Em 2021, a emissora foi a rede com o maior lucro líquido de R $141 milhões. Muito embora toda denominação religiosa tem o direito de usar o poder de influência da televisão para se comunicar com seus adeptos e buscar novos convertidos. Assiste quem quer.

A coluna entende que, sob o prisma de negócio, é mais saudável que uma emissora não dependa de Igrejas para atingir sua meta de faturamento. O SBT merece o reconhecimento por evitar essa prática que nada acrescenta à qualidade da programação.

Porém, a legislação brasileira deveria criar uma lei para que essas igrejas pagassem impostos sobre o seu milionário faturamento, pois em razão disso seus líderes estão riquíssimos com patrimônios acima de seus níveis sociais, às custas dos seus fiéis. Até porque é público e notório, que Deus não cobra para fazer milagres.

Frase Final: A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo para frente, alguma coisa fica para trás.

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