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Terceirizadas demitem 300 funcionários do aeroporto após protesto contra proibição de uso de celular 

Foto: Frankley Alves/Reprodução Brasil de Fato
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Os trabalhadores afirmam que foram demitidos por justa causa

Cerca de 300 funcionários terceirizados que trabalhavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica, foram detidos após paralisação realizada em 3 de outubro contra a proibição do uso de celular. A informação foi revelada em reportagem do site Brasil de Fato

De acordo com o site, os trabalhadores de três empresas terceirizadas foram demitidos por justa causa. Inclusive, alguns teriam estabilidade por serem membros da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), e mesmo assim foram mandados embora. Além disso, os funcionários tiveram as credenciais retidas e foram intimados a depor na polícia. 

“Chegando no RH, pediram para eu aguardar em uma sala fechada onde havia mais dois trabalhadores na mesma situação. Ficamos lá quase uma hora e fomos surpreendidos por agentes da PF com uma intimação para comparecer à delegacia. Ficamos nos perguntando que crime cometemos, fiquei com meu psicológico alterado”, contou uma funcionária demitida, que era membra da Cipa.

“Não teve bagunça, não teve quebra-quebra, ninguém brigou, ninguém quebrou nada. E é isso, fui demitido por justa causa. Agora é tomar as devidas providências. Vai acontecer demissão em massa”, disse outro funcionário, que foi mandado embora, sobre a paralisação.  

Parte dos demitidos está sendo acompanhada pela advogada Dinailsa da Silva Gabriel.

“Estamos tomando todas as providências judiciais cabíveis para reverter essa situação”, disse ao Brasil de Fato. 

Protesto

O protesto ocorreu no dia 3 de outubro., quando trabalhadores terceirizados iniciaram uma greve contra a proibição do uso de celulares na área de carga e descarga do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A proibição do uso de celular ocorre por conta do tráfico de drogas dentro do aeroporto e por conta do episódio em que duas brasileiras foram presas na Alemanha após terem suas bagagens substituídas por malas com drogas no aeroporto de Guarulhos.

Os funcionários, entretanto, afirmam que não podem ficar sem celular durante o período de trabalho por conta de eventuais emergências e afirmam que possuem parentes com quem precisam se comunicar mesmo durante o horário de trabalho.

A paralisação afetou horários de voos e gerou atrasos.

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