Governista disse que presidente não era “patrão” dos vereadores, que rebateu e o chamou de traidor da Proguaru
O presidente da Câmara, Martello (PDT), e o vereador Romildo Santos (PSD) se estranharam e trocaram ofensas durante a última sessão virtual, na quarta-feira (26), da Câmara Municipal.
Romildo ficou irritado porque Martello cortou o microfone dele e disse que o presidente da Casa de Leis não era o patrão dos vereadores, mas sim da Pau Pedra, empresa do qual é proprietário.
“Queria dizer para o senhor o seguinte, o senhor é patrão da Pau Pedra, não é patrão de vereador não. O senhor trata a gente como patrão, graças a Deus que eu não votei no senhor. Muitos vereadores devem estar com vergonha de ter votado no senhor. Perante o seu autoritarismo, o senhor devia respeitar mais esta casa, cortar o microfone de vereador é um desrespeito presidente. Eu acho que nós temos que ter sabedoria e o senhor com sabedoria e o senhor, como nosso guardião, tem que dar a referência para nós, não agir desta forma, fica difícil ter um presidente que o senhor fala a hora que o senhor quer”, afirmou Romildo.
O governista ainda acusou o presidente de legislar em causa própria e cortar o fornecimento de materiais para, por exemplo, asfaltar ruas.
“O senhor precisa pegar o microfone e falar que o senhor recebe 500 mil por mês da Prefeitura para a Pau Pedra, o senhor também batalha, o senhor também tem seus interesses”, disse Romildo.
O vereador usou todos os 6 minutos de fala da liderança para continuar a tecer críticas contra o atual presidente e chegou a dizer que nenhum dos vereadores estaria contente com a postura dele, exigindo uma reunião para tratar do tema.
Martello ficou irritado com Romildo e disse que não estava ali representando sua empresa, da qual esta afastado, e que tem vergonha de ter um vereador como ele na Câmara.
“Eu não estou aqui representando a Pau Pedra. Eu estou afastado da minha empresa. Ano passado, o Romildo, ele se julga dono da Proguaru, ele tem lá um monte de familiar na Proguaru, um monte de emprego, um monte de comissionado na Proguaru e apunhalou pelas costas todos os funcionários da Proguaru”, disse o presidente, lembrando que Romildo votou a favor da extinção da empresa de capital misto.
O presidente ainda disse que Romildo teria alocado uma série de parentes na empresa e que nunca quis o voto dele para presidente da Câmara Municipal. Disse ainda que se uma empresa presta serviço para a Prefeitura ela deve receber por isso.
Afirmou ainda que Romildo, em determinados momentos, chegou a ir a Proguaru e em um momento de insatisfação quis agredir alguns de seus diretores.
“Se o senhor quiser conversar comigo e só vir aqui na Câmara, na minha sala, fechamos a porta e conversamos, sem problema nenhum, agora não queira me ameaçar. Não queira me amedrontar, não queira me ridicularizar, você está extrapolando o seu mandato”, disse Martello.
A discussão pode ser vista a partir de 1:09:00 –