Aulas presenciais na rede estadual estão previstas para setembro. Estado acredita que risco é relativo. Não há data para retomada na rede municipal
(Da Redação, com informações da Agência Brasil)
O professor de epidemiologia da Faculdade de Medicina da USP, Eduardo Massad, calculou que a retomada das aulas em agosto pode aumentar o número de casos de Covid-19 em crianças e elevar muito a mortalidade. Segundo ele, o número de novas infecções pode quadruplicar em 15 dias.
Pelos cálculos do epidemiologista, o número de mortes de crianças abaixo de 5 anos até agora foi de pouco mais de 300, mas pode chegar a 17 mil até o final do ano com o retorno das aulas presenciais.
Já a pesquisadora da Universidade de Oxford, na Inglaterra, Beatriz Kira, lembra que o impacto das escolas fechadas tem sido maior para estudantes de renda mais baixa, e que é preciso colocar em prática políticas públicas que ajudem a reduzir as desigualdades do ensino à distância.
No estado de São Paulo, as aulas presenciais estão programadas para recomeçar em setembro. Segundo o secretário-executivo do Comitê de Contingência para o Coronavírus, João Gabbardo, o risco do retorno às aulas é relativo.
Na rede municipal, a previsão inicial era agosto, mas diante da necessidade de se seguir o Plano São Paulo de retomada econômica devido à uma decisão judicial, a Prefeitura deve acompanhar as determinações do Governo do Estado.
Além de São Paulo, outros oito estados e o Distrito Federal estão prevendo retomar as aulas presenciais entre agosto e setembro deste ano.