Partidos já miram sucessão municipal daqui dois anos
O resultado do primeiro turno da eleição em Guarulhos, no último domingo (2), apontou alguns caminhos para a política local, em especial, a sucessão do prefeito Guti (PSD). O certo é que não há um nome forte e/ou favorito para daqui há dois anos.
Em Guarulhos, o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o astronauta Marcos Pontes (PL) foram os mais votados. Contudo, não há nenhum nome ideologicamente ligado ao bolsonarismo na cidade neste momento. Na última semana, o Professor Jesus (Republicanos) comandou encontro com Tarcísio em Guarulhos, mas foi um movimento isolado.
Guti apoiou a reeleição do governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Governo do Estado, mas ele só teve 15% dos votos válidos. O secretário municipal de Governo, Edmilson Americano, apoiou a candidatura de Jorge Tadeu (União Brasil) a deputado federal, mas ele só teve 6.134 votos.
O fracasso do PSDB nas urnas – com menos deputados federais do que o PSOL e a perda do Palácio dos Bandeirantes – pode afetar a empresária Fran Corrêa (PSDB), que ficou em terceiro lugar na disputa municipal em 2020. O marido dela, Eli Corrêa Filho (União Brasil), teve menos de 10 mil votos na cidade, apesar dele ser o deputado federal que mais enviou verbas a Guarulhos, de acordo com o Ciesp Guarulhos.
O deputado federal Alencar Santana (PT) conseguiu a reeleição e foi o parlamentar mais votado da cidade. Ainda assim, assistiu Lula e Fernando Haddad (PT) perderem na cidade.
Outro nome que mostrou força foi o vereador Lucas Sanches (PP), que teve quase 40 mil votos em Guarulhos em sua primeira disputa para deputado federal.
Para o coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, Marlon Lelis, o resultado do segundo turno pode ser decisivo para as pretensões de 2024.
“Se Lula e Haddad vencerem, o cenário fica favorável para Alencar. Se for Bolsonaro e Tarcísio, eles devem indicar um nome para concorrer no segundo maior colégio eleitoral do Estado”, avaliou.