Acusado influenciou depoimentos de testemunhas, aponta MPSP
Em parecer apresentado pela 30ª Procuradoria de Justiça Criminal, o Ministério Público de São Paulo se manifestou pela manutenção da prisão preventiva do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. Ele é o motorista do Porsche que, na madrugada do última dia 31 de março, atingiu um outro veículo na zona leste de São Paulo, causando a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, que morava em Guarulhos.
Fernando está detido na Penitenciária 2 de Tremembé desde 11 de maio, que é conhecida por abrigar presos de casos com grande repercussão.
A prisão havia sido decretada depois que a promotora Monique Ratton interpôs Recurso em Sentido Estrito da decisão que indeferiu a prisão preventiva. Em seguida, propôs medida cautelar inominada criminal, a fim de garantir a decretação imediata da prisão.
De acordo com a promotora Bruna Ribeiro Dourado Varejão, que subscreveu a manifestação da Procuradoria, os elementos de prova produzidos indicam que existe risco concreto de reiteração de delitos, considerando que o acusado já esteve envolvido em outros registros de ocorrência policial de acidentes de trânsito, tendo o direito de dirigir suspenso em razão de excesso de velocidade.
Foi demonstrado, também, que o acusado influenciou o depoimento de testemunhas, ainda durante o inquérito policial, havendo indícios que, caso mantido em liberdade, pode manipular as provas, em prejuízo à elucidação dos fatos. Pontuou a promotora que, diversamente do que argumentava a defesa do réu, restaram comprovadas circunstâncias novas, aptas a justificar a decretação da prisão, sendo as medidas cautelares decretadas pelo Juízo do primeiro grau insuficientes para garantia da ordem pública e da instrução criminal.