Diretor da empresa prestou depoimento a comissão na Câmara Municipal
O diretor administrativo-financeiro da Proguaru, Ricardo Ferreira Bortoleto, prestou depoimento à CEE (Comissão Especial de Estudos) da Proguaru, Câmara Municipal, nesta terça-feira (15). Ele afirmou que a empresa de economia mista não tem recursos financeiros para pagar as verbas rescisórias dos 4,7 mil funcionários que devem ser demitidos com a extinção da Proguaru no final do ano.
Bortoleto informou que os direitos trabalhistas devem ser quitados por repasse a ser feito pelo Tesouro Municipal. Essa não é uma grande preocupação da gestão do prefeito Guti (PSD), já que no repasse do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo) o PDV (Plano de Demissão Voluntária) foi considerado um sucesso.
De acordo com Bortoleto, a situação financeira da Proguaru é extremamente grave. A empresa possui passivo de R$ 276 milhões, além de R$ 120 milhões que são discutidos na Justiça e podem ir à dívida ativa. A companhia arrecada apenas R$ 120 milhões por ano, em decorrência de contratos com a Prefeitura. A Proguaru ainda possui R$ 33 milhões em ativos.
Questionado pelos vereadores, o diretor afirmou que a empresa não possui o número adequado de funcionários para atender todas as demandas do município.
“Destinamos boa parte dos recursos para a empresa fazer o trabalho girar e algumas coisas ficam em aberto. Não vejo como má gestão”, informou.
A CEE da Proguaru deveria ser concluída na próxima segunda-feira (21), mas o presidente da comissão, Edmilson Souza (Psol), já adiantou que vai solicitar a prorrogação dos trabalhos por mais dois meses ao presidente da Câmara, Fausto Miguel Martello (PDT).