Tribunal de Contas do Estado chegou a suspender concurso, mas gestão anterior da Câmara conseguiu efeito suspensivo para continuar andamento do processo
O novo presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, Ticiano Americano (Cidadania), garantiu que a Câmara Municipal deverá ter um concurso público para a contratação de novos funcionários, mas afirmou que depende do julgamento de mérito de um processo no TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) para saber se o número de vagas atuais será mantido.
A declaração foi dada por Ticiano durante entrevista ao programa GRU em Pauta, na última quinta-feira (19), transmitido ao vivo pelo Youtube.
“Se o Tribunal de Contas achar que não deve andar esse concurso, a gente vai fazer andar algum concurso. Precisa de algumas funções especificas. Se der algo de errado nesse processo que já foi montado a gente pensa em fazer um outro, talvez mais especifico, consultando funcionários dos departamentos, vendo o que está precisando de fato naquele setor. O que eu posso dizer para quem se escreveu nesse concurso é que vai ter concurso. Não sei se vai ser esse que está pronto, em andamento, porque teve essa questão no Tribunal de Contas, mas vai ter concurso”, afirmou Ticiano.
Durante a entrevista, Ticiano ressaltou que o concurso atual não foi elaborado pela sua equipe, mas sim pela gestão do ex-presidente Fausto Martello (PDT).
Durante os trâmites, o TCE-SP chegou a suspender o concurso para avaliar a real necessidade dos cargos, mas a equipe de Martello conseguiu um efeito suspensivo para continuar com o andamento do processo seletivo.
De acordo com Ticiano, o Legislativo possui aproximadamente 150 funcionários concursados e não há espaço físico para alocar mais 200. Ele ressaltou ainda que a Procuradoria da própria Câmara foi contrária ao concurso público em andamento.
“Se a gente abrir para mais uma quantidade dessas, é muito perigoso tanto para o orçamento da cidade, que é o que mais me preocupa, como para a função dos funcionários. Para ficar funcionários ociosos na Câmara não é necessário”, explicou Americano.
Veja na íntegra a entrevista com o presidente da Câmara: