Martello disse querer ouvir os guarulhenses e pediu que se manifestem sobre a realização do evento na cidade
O presidente da Câmara Municipal de Guarulhos, Fausto Miguel Martello, emitiu um comunicado, nesta segunda-feira (29), afirmando ser contra o Carnaval de 2022 na cidade. Além disso, ele pede à população que se manifeste pelas redes sociais.
Segundo Martello, não é a “hora de afrouxar os cuidados de combate ao coronavírus” diante da nova variante ômicron (B.1.1.529) que pode gerar uma nova onda da doença. Ele ainda citou número de faltosos que não tomaram a vacina contra a covid e as mais de 600 mil pessoas que morreram em decorrência da doença.
“Devemos nos focar em combater essa doença, evitar os impactos que uma possível comemoração de Carnaval nos trará e, quem sabe, festejar essa data fora de época, quando a pandemia estiver controlada”, disse.
O evento não foi cancelado oficialmente, mas a suspeita da nova variante ômicron identificada em um morador de Guarulhos, de 29 anos, no último sábado (27), pode ser decisivo para que isso ocorra.
“A tendência muito grande [de suspender o Carnaval de 2022] de que não vai ter mesmo, ainda mais com essa variante nova. Ainda não decretamos”, disse o prefeito Guti (PSD) em entrevista, nesta segunda-feira (11), ao programa Manhã Bandeirantes, apresentado por José Luiz Datena.
O prefeito ainda reforçou que a “a chance é muito pequena de ter carnaval”.
Leia a nota na íntegra:
“Sou e sempre serei um defensor do empreendedorismo e dos empresários. No entanto, estamos enfrentando uma das maiores crises sanitárias mundiais com a pandemia do coronavírus. No Brasil, já foram mais de 600 mil mortes pela Covid-19. Guarulhos também sofreu a perda de milhares de munícipes para essa doença. Pelas características logísticas da cidade, inclusive por abrigar o maior aeroporto internacional do país, acredito que não seja a hora de afrouxar os cuidados de combate ao coronavírus.
Novas variantes surgem no mundo, trazendo incertezas e preocupações. No caso mais recente, a variante Ômicron foi descoberta na África do Sul e já detectada em diversos países. Realizar um evento como o Carnaval pode propagar ainda mais o vírus e estancar os avanços alcançados no combate à doença. Com muito esforço, estamos conseguindo vacinar a população da cidade e diminuir o número de mortes diárias.
Creio que não seja hora de fazer uma festa nas proporções do Carnaval. No estado de São Paulo, mais de 4,3 milhões de pessoas não tomaram a segunda dose da vacina. Podemos adiar as comemorações da data e evitar aglomerações. Precisamos lembrar que, após as festividades, o período de frio chega ao Brasil, podendo agravar e aumentar os casos de doenças respiratórias. Sei que essa é uma das maiores celebrações do país, mas a saúde é prioridade. Devemos nos focar em combater essa doença, evitar os impactos que uma possível comemoração de Carnaval nos trará e, quem sabe, festejar essa data fora de época, quando a pandemia estiver controlada.
Esse é o meu pensamento! Gostaria de saber o seu, morador de Guarulhos. Peço que se manifestem pelas redes sociais, tanto nas minhas particulares, como nas do Poder Legislativo de Guarulhos. Sua opinião é muito importante para que a vontade do povo prevaleça.”