Reclamações de pacientes e falta de medicamentos levaram gestão municipal a retomar a administração dos hospitais por 30 dias
A Prefeitura de Guarulhos realizou uma intervenção pelo período de 30 dias na gestão do Hospital Municipal Pimentas Bonsucesso (HMPB) e Hospital Municipal da Criança e Adolescente (HMCA), ambos administrados pelo IDGT.
No comunicado emitido nesta segunda-feira (21), a gestão Guti (PSD), afirma que este prazo pode ser diminuído ou prorrogado conforme a necessidade e andamento dos trabalhos.
“A ação se deve ao alto número de reclamações de usuários em relação aos serviços de saúde prestados”, diz a Prefeitura.
A intervenção tem como objetivo retomar a organização administrativa dos hospitais, a fim de reestabelecer um atendimento digno à população.
A gestão informa ainda que, nos últimos meses, a Secretaria Municipal de Saúde apurou uma série de descumprimentos contratuais e de atendimento a pacientes, que incluem até mesmo falta de insumos e medicamentos.
“Os hospitais também sofrem com ausência de médicos e outros profissionais, que culminam com desassistência à população, cancelamentos de procedimentos e até mesmo cirurgias”, afirmou a Prefeitura.
Antes de determinar a intervenção, a Secretaria Municipal de Saúde buscou durante meses diversas soluções junto à instituição, apontando falhas e exigindo providências por meio de fiscalização e aplicação de penalidades administrativas.
No entanto, as dificuldades não foram sanadas a contento e, neste momento, a intervenção se faz necessária. A Prefeitura de Guarulhos mantém um contrato de 30 meses, que vigora até 31 de julho de 2022, ao custo de R$ 6.929.891,00 por mês, para a gestão do HMPB. Para o HMCA, o contrato que vigora até 2024, tem um custo mensal de R$ 4.990.690,95.
O Hospital Pimentas Bonsucesso conta com 169 leitos, incluindo 24 UTIs, e atende em média 1.000 pessoas por dia em diversas especialidades. Já o da Criança e Adolescente, com 121 leitos, sendo 15 UTIs, atende 800 pacientes por dia.