Denúncia diz que Tecno Clean Industrial solicitou alterações em laudo para vender propilenoglicol para a Bassar
A Polícia Civil investiga se a empresa Tecno Clean Industrial fraudou laudos para tentar vender para a Bassar, localizada em Guarulhos, uma substância contaminada encontrada em petiscos que mataram mais de 50 cães em todo o País. As informações são do portal G1.
A substância em questão, o propilenoglicol, é utilizada para dar uma sensação de umidade aos alimentos consumidos pelos pets.
Segundo uma denúncia de funcionários da empresa Tecno Clean, foi solicitado para a A&D Química Comércio uma alteração no laudo para que pudesse ser possível realizar a venda da substância para a Bassar.
Conforme apurado pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), a Bassar comprou propilenoglicol contaminado da Tecno Clean Industrial, que tinha adquirido a substância da A&D Química Comércio.
A suspeita é de que o laudo tenha sido forjado para encobrir que o produto, geralmente atóxico para humanos e animais, estava impróprio para consumo alimentar.
Por outro lado, também foi detectada a presença de monoetilenoglicol, conhecido também como etilenoglicol, uma substância tóxica, nos petiscos do lote que causou a morte dos animais. A origem da aquisição deste produto e como ele foi contaminar os petiscos ainda é desconhecida.
Nota emitida pela Polícia Civil de São Paulo afirma que o
“representante da empresa que forneceu a matéria prima para produção dos petiscos será ouvido nos próximos dias para auxiliar nas investigações. A empresa também foi alvo de vistoria. Os laudos estão em elaboração e as polícias civis de São Paulo e Minas Gerais trabalham em conjunto para o completo esclarecimento do caso”.
As empresas não se manifestaram, segundo o G1, sobre a possível contaminação do propilenoglicol.
A Bassar já emitiu uma nota de esclarecimento e recall sobre o caso:
