Atualmente, vários países utilizam o imunizante em adolescentes de 12 a 17 anos
Os laboratórios Pfizer e BioNTech informaram, em comunicado nesta segunda-feira (20), que estudos em fases 2 e 3 da vacina contra a covid-19 se mostraram eficazes em crianças de cinco a 11 anos.
Os estudos ainda precisam de validação de outros cientistas para serem publicados e, posteriormente, os laboratórios pedirem a inclusão dessa faixa-etária nas agências de vigilância sanitária de vários países.
No Brasil, a vacina da Pfizer é a única autorizada para os adolescentes de 12 a 17 anos. O Instituto Butantan tenta aprovação junto à Anvisa para imunizar crianças de 3 anos até jovens de 17.
O presidente executivo da Pfizer, Albert Bourla, argumentou que é preciso expandir a vacinação para as crianças. “Desde julho, casos pediátricos de covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos, enfatizando a necessidade de saúde pública de vacinação.”
As internações e mortes por covid-19 aumentaram nos Estados Unidos, nos últimos meses, devido à variante Delta do novo coronavírus, altamente contagiosa. Casos pediátricos da doença também estão em alta, particularmente porque crianças com menos de 12 anos não estão sendo vacinada. Não há, no entanto, nenhuma indicação de que, além de ser mais transmissível, a Delta seja mais perigosa para crianças.
No ensaio clínico, as crianças entre 5 e 11 anos receberam uma dose de 10 microgramas da vacina, um terço da dose dada a pessoas com mais de 12 anos. As empresas também fazer testes do imunizante em bebês de seis meses até crianças de quatro anos.