Quadrilha é responsável por trocar etiquetas de bagagens no aeroporto de Cumbica para enviar droga ao exterior
A Polícia Federal cumpre, na manhã desta terça-feira (18), a segunda fase da Operação Colateral, com 45 mandados judicias, dos quais 27 são de busca e apreensão, dois de prisão temporária e 16 de prisão preventiva, em Guarulhos e na Capital, contra a quadrilha responsável por trocar etiquetas de bagagens para envio de drogas ao exterior pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos, em Cumbica.
De acordo com a PF, entre os presos, até o momento, estão os executores dos três eventos de tráfico internacional de drogas e os mandantes do crime, responsáveis não apenas pelo envio de mais de 120 quilos de cocaína para a Europa, mas por inúmeros outros eventos de tráfico internacional através do aeroporto localizado em Guarulhos.
Em março deste ano, duas brasileiras ficaram 38 dias presas injustamente em uma cadeia em Frankfurt, na Alemanha. A prisão ocorreu porque as malas que tinham os nomes das brasileiras estavam com pacotes de cocaína.
Só que as malas não eram delas. Durante a passagem pelo aeroporto de Guarulhos houve a troca de etiquetas de suas malas regulares e a colocação em malas com cocaína em seu interior.
A Polícia Federal comprovou essa troca de etiquetas e, por meio de outras diligências, demonstrou a inocência das brasileiras, que após o envio das provas às autoridades alemãs foram soltas e retornaram ao Brasil.
À época, a própria Polícia Federal do Aeroporto Internacional de Guarulhos identificou e prendeu os responsáveis que atuaram no aeroporto.
O caso gerou grande repercussão e o aprofundamento das investigações levou a Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos a identificar os mandantes do crime, bem como outros integrantes da organização criminosa, que também teriam enviado cocaína em outras duas oportunidades, uma para Portugal, em outubro de 2022, e outra para a França, em março deste ano.