Maurício Renato relata que filho foi alvo de ações vexatórias por professores. Escola nega e diz que possui provas que desmentem as acusações
O professor Maurício Renato de Souza, de 36 anos, registrou um boletim de ocorrência e pretende acionar judicialmente a escola Recanto da Vovó, na Vila Leonor, sob acusação de ter sido agredido pelo advogado da escola, na última segunda-feira (23), quando foi solicitar a baixa da matrícula do filho, de 5 anos, que teria sido colocado em situações vexatórias por alguns dos professores.
De acordo com o pai, um professor da instituição chegou a dizer que chamaria um segurança para tirar o filho dele da sala de aula. Maurício também acusa uma outra professora de ter empurrado seu filho. Uma das professoras, segundo Mauríco, também praticava bullying constante com a criança ao dizer que ele não podia levar bolacha para o lanche. O pai relata ainda que por conta dos constragimentos o filho não quer mais ir para a escola. A escola nega as acusações (veja a nota abaixo).
Antes de solicitar a matrícula, Maurício fez uma live em suas redes sociais na qual expôs suas acusações, criticou a escola e afirmou que tomaria as medidas necessárias para proteger seu filho.
Quando foi solicitar a baixa da matrícula, no dia seguinte, ele afirma que recebeu os documentos de uma mantenedora da escola, de forma brusca, e depois ficou na sala com outra mantenedora, a diretora e um advogado da instituição.
Quando solicitou documentos que comprovassem a qualificação dos professores da instituição, Maurício (foto) relata que o advogado da escola afirmou que os documentos não seriam cedidos.

“Pedi para que ele não se referisse a mim, pois não fui na escola para fala com advogado nenhum. Foi então que ele levantou e veio em minha direção e me agrediu fisicamente. Eu reagi em legítima defesa. Ele agrediu um deficiente físico. Só depois que eu tinha sido muito agredido e já estavámos caídos no chão que tentaram nos separar”, relatou Maurício.
Maurício encaminhou um vídeo à reportagem que mostra o momento que ele é segurado por duas funcionárias da escola e pelo próprio advogado. Renato também fez um exame no Hospital do Servidor Público Estadual, na capital, para constatar as escoriações no seu rosto (veja foto).
Ele afirmou que pretende processar a escola e o advogado, nas esferas criminal e cível do Judiciário, tanto pela agressão quanto pelas acusações de bullying com o filho.
Posicionamento do Colégio
O GRU Diário entrou em contato com a administração do colégio, que afirmou que as ações de Renato tiveram o objetivo de difamar a escola e que possui materiais de cunho probatório contradizendo todas as acusações feitas pelo pai do aluno.
Veja a íntegra da nota:
“A administração do Colégio Recanto da Vovó, por meio desta nota oficial, vem a público repudiar veemente as informações caluniosas divulgadas através das redes sociais.
Esclarecemos que as publicações tinham o cunho exclusivo de difamar a imagem da mantenedora, gestora e todo o corpo docente alegando falta de profissionalismo bem como prejudicar a nossa imagem.
Temos materiais de cunho probatório contradizendo todas as publicações feitas nas redes sociais, que serão apuradas pelos órgãos jurídicos, tanto na esfera civil quanto na esfera criminal.
Importante ressaltar que em nossa instituição, jamais ocorreu qualquer forma de abuso ou agressão contra qualquer pessoa, pois acreditamos que para existir um ambiente escolar democrático, é inadmissível qualquer tipo de violência.
É necessário que o fato seja devidamente apurado pelas autoridades competentes e que os responsáveis sejam punidos de acordo com o rigor da lei. Acreditamos acima de tudo na justiça, no trabalho honrado e na qualificação de nossos profissionais para desempenhar suas funções e que a verdade prevalecerá mediante a injustiça”.