O órgão expediu ofícios à Polícia Federal, Gol, Latam Airlines, Anac e às empresas GRU Airport e Orbital
O MPF (Ministério Público Federal) instaurou nessa terça-feira (11) inquérito civil para apurar possíveis danos causados por falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos após a prisão das brasileiras Jeanne Paollini, 44 anos, e Kátyna Baía, de 40, vítimas de um esquema criminoso de troca de etiquetas das bagagens por malas com drogas, o que culminou na prisão das duas em Frankfurt, Alemanha.
O órgão solicitou informações da Polícia Federal, da Gol Linhas Aéreas, da Latam Airlines, da Ana (Agência Nacional de Aviação Civil) e das empresas GRU Airport e Orbital.
“A ocorrência provoca sensação de insegurança em toda a sociedade, o que poderia comprometer a credibilidade e o desenvolvimento dos serviços aéreos no Brasil, uma vez que o esquema criminoso tem incriminado pessoas inocentes”, afirma o MPF.
Para o procurador da República responsável pelo inquérito, Guilherme Göpfert, “o reforço na segurança aeroportuária é medida urgente, sob pena de impactar vários segmentos econômicos da sociedade, dado o clima de desconfiança gerado na população diante do gravíssimo fato. Eventual queda do fluxo de viajantes, receosos com a possibilidade de serem injustamente incriminados, fatalmente proporcionaria reflexos negativos em demais atividades econômicas, além de afetar a imagem do país”.
A investigação em curso, além de apurar a possível ocorrência de dano moral sofrido pela coletividade, visa à revisão dos protocolos de segurança no maior aeroporto da América do Sul, para que casos como esse não mais se repitam.
O MPF quer que todo cidadão, nacional ou estrangeiro, tenha resguardada sua segurança e não tenha medo de utilizar o transporte aéreo no Brasil”, afirma Göpfert.