PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mesmo na pandemia, estudo aponta que Guarulhos abriu 13,6 mil novas empresas

centro de Guarulhos
Foto: Eurico Cruz
Compartilhe
PUBLICIDADE

Estudo do IPC Maps mostra crescimento principalmente no setor de serviços. Em 2020, o mesmo estudo revelava o fechamento de 12 mil CNPJs

Com mais de um ano pandemia consolidado, a cidade de Guarulhos teve um crescimento no números de CNPJs abertos. De acordo com o estudo IPC Maps, a cidade abriu 13,6 mil empresas entre abril de 2020 e abril de 2021.

No comparativo entre abril de 2019 e de 2020, o resultado foi negativo, conforme divulgado pelo GRU Diário, com 12 mil empresas fechadas.

Mas se no saldo negativo dos anos anteriores o comércio foi o setor que mais sofreu, com o fim de 9.624 unidades fechadas, o principal responsável por alavancar o número de empresários foi o setor de serviços gerais, com 10.435 empresas abertas.

Vale ressaltar que, nos dados avaliados, estão consolidados também a abertura de MEIs (Microempreendedor Individual) e que boa parte destes números de novos CNPJs (mais de dois mil) são referentes ao transporte, o que indica um possível crescimento do número de pessoas que aderiram a aplicativos de transportes como Uber e 99.

De acordo com Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, o resultado da pesquisa é positivo e indica o início da retomada do crescimento econômico, que deve ter continuidade em 2022 e nos próximos anos.

“Na verdade, no pior momento da pandemia, em 2020, houve fechamento de empresas em praticamente todos os setores. Agora em 2021, com a expectativa de crescimento econômico, volta o movimento de abertura de empresas, que temos observado em anos anteriores. Portanto, esse crescimento é um processo natural e necessário ao crescimento econômico”, explicou Pazinni.

Entretanto, o estudo, que também mede o poder de consumo do início, mostrou que Guarulhos apresentou queda neste quesito, embora Pazzini não veja este resultado como negativo.

“Na verdade, o que caiu foi o share de consumo de Guarulhos, que era de 0,71582% em 2020 e agora em 2021 será de 0,69231%. Isso significa que outros municípios, principalmente Capitais e municípios sedes de mesorregiões no Interior tiveram crescimento maior que o de Guarulhos. Veja que a posição de Guarulhos no ranking nacional e estadual não caiu. O poder de consumo do Guarulhense era de R$ 31,9 bilhões em 2020 e, em 2021, será de R$ 35,1 bilhões”, explicou Pazzini.

Empresários de Guarulhos repercutem as informações

A reportagem do GRU Diário conversou com Aarão Ruben Oliveira, ex-presidente da Asec (Associação dos Empresários de Cumbica) e empresário do setor da construção, e com Maurício Colin, diretor do Ciesp de Guarulhos, para repercutir os dados do IPC Maps.

Para Aarão, é preciso avaliar setor por setor e considerar algumas variantes. No caso da construção civil, Aarão explicou que a venda de materia cresceu, já que muitas pessoas começaram a cumprir isolamento social e, em casa, começaram a observar alguns detalhes de reformas necessárias que não poderiam ser vistos sem essa presença mais constante em casa.

“Por outro lado, existem outros fatores como uma maior abertura e facilidade de crédito e até mesmo o uso da tecnologia, que forçou muitos empresários, principalmente do ramo da alimentação, a utilizar um serviço de entrega, que colaboraram para este possível crescimento”, afirmou Aarão.

Ainda segundo Aarão, que também é presidente da ACM (Associação Cristã dos Moços) a situação social do País ainda não é confortável, visto que muitas pessoas continuam a necessitar de ajuda.

“Políticos hoje precisam dormir e acordar pensando em gerar empregos para seus municípios. Somente a garantia de um bom emprego pode melhorar a vida do cidadão e, para isso, também é necessário qualificar a mão de obra”, ressaltou.

Já de acordo com o diretor do Ciesp de Guarulhos, para o setor industrial ainda é preciso fazer um balanço após o final do ano e é muito cedo para se dizer que o cenário é positivo.

“A pandemia do novo coronavírus derrubou a produção industrial em todo o Brasil no mês de março. Foi a primeira vez em oito anos que todos os 15 locais pesquisados apresentaram queda, segundo o IBGE. O resultado é reflexo direto das medidas de isolamento social que afetaram o processo de produção no Brasil desde meados de março, quando a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou pandemia do novo coronavírus. Nas semanas seguintes, estados e municípios impuseram restrições à circulação de pessoa”, afirmou Colin.

Segundo Colin, ainda seria necessário verificar quantas destas empresas abertas e fechadas foram MEIs, já que o MEI tem uma estrutura menor do que o de uma empresa de grande porte que pode gerar diversos empregos.

PUBLICIDADE

TÓPICOS
Compartilhe
VEJA TAMBÉM