Mesmo com decisão judicial, hospital do Espírito Santo disse não ter protocolo para tal atendimento, que será realizado em outro estado
A menina de 10 anos que está grávida após um estupro, cujo principal suspeito é o tio, teve teve o pedido de procedimento de aborto negado pelo Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), mesmo após decisão judicial.
O caso ocorreu em São Mateus, no Espírito Santo, após a menina dar entrada em um hospital e os médicos perceberem o volume da barriga. O teste de gravidez, então, deu positivo.
De acordo com informações do portal UOL, o Hucam não possui protocolo para realizar abortos. O hospital é vinculado à Universidade Federal do Espírito Santos (Ufes).
O principal problema para o aborto da menina seria impeditivo o fato de a criança estar grávida há cinco meses, e não três, como havia sido informado.
Com a negativa, a menina viajou para outro estado, acompanhada de uma representante da Secretaria de Saúde do Espírito Santos (Sesa), onde realizará o aborto em um local sob sigilo.
O tio da menina, de 33 anos, acusado do crime, está foragido e ainda não foi encontrado.
No Brasil, um aborto pode ser realizado no serviço público de saúde caso a gravidez tenha ocorrido por conta de um estupro ou em situações de risco para a mãe ou de anencefalia do feto.