Nakashima voltou a criticar a OAB, que mantém o registro de Mizael como advogado
O deputado estadual Márcio Nakashima (PDT) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para criticar a morosidade da Justiça, que resultou na prisão domiciliar de Mizael Bispo, assassino de Mércia Nakashima, irmã do deputado, e a Ordem dos Advogados do Brasil por manter o registro de Bispo como advogado.
Condenado há mais de 20 anos pelo assassinato de Mércia, Bispo deixou a prisão em Tremembé na terça-feira, 25, após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo acatar pedido da defesa de que ele, por ser hipertenso e ter imunidade baixa, é do grupo de risco da covid-19.
Inicialmente o pedido foi feito na primeira instância, em março. O TJ-SP questionou por duas vezes o órgão competente, que foi “inerte”, segundo o deputado, em fazer o julgamento do pedido.
De acordo com Nakashima, não faz sentido que um órgão como o TJ-SP, que faz campanha contra a violência à mulher libere um “assassino como Mizael”.
“O processo está maduro, pronto para ser julgado desde o dia 21 de julho. Esta liminar pode perder seu efeito. Se aqueles juízes que lá trabalham (Na 1ª instância) forem trabalhar. É só ir lá e julgar. Negando este pedido de prisão domiciliar perde-se o efeito desta liminar e o Mizael volta para a cadeia onde é o lugar dele”, disse Nakashima.
Nakashima ressaltou ainda que a OAB insiste em manter Mizael Bispo entre o seu quadro de advogados. “Passaram dez anos da morte da minha Mércia e lá, quando tudo aconteceu, eu e minha família representamos o doutor Mizael pedindo a suspensão do seu registro, a cassação, a expulsão deste criminoso trajado de advogado do quadro dos profissionais da OAB”, explicou Nakashima.
O registro de Mizael continua mantido até o momento.