PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mãe haitiana é humilhada por pediatra na UBS Cidade Seródio, afirma site

UBS Cidade Seródio
Foto: Reprodução/Google Maps
Compartilhe
PUBLICIDADE

Vítima havia levado a filha de um mês para a primeira consulta, diz o portal Alma Preta

Uma mãe haitiana de 30 anos afirma que foi vítima de racismo na UBS Cidade Seródio durante a primeira consulta da filha de um mês com uma pediatra, em fevereiro. A denúncia foi feita pela reportagem do portal Alma Preta.

O Alma Preta teve acesso ao depoimento da vítima em que ela relata ter ido à UBS, na Avenida Coqueiral, antes das 7h e ficou aguardando o horário da consulta. A mãe alega que não foi chamada e ao tirar dúvidas ouviu que teria de espetar. 

Ao ser atendida, a pediatra disse que não continuaria com a consulta por não conseguir entender o idioma. A imigrante haitiana ainda ligou para uma amiga que fala português para tentar prosseguir com o atendimento, mas a pediatra pediu que ela desligasse.  

“Quando ela disse que era haitiana as humilhações e maus-tratos seguiram, ela tirou com violência o cartão da criança das mãos da imigrante, tocou na criança “como se fosse lixo”, ainda de acordo com os relatos”, afirma trecho da reportagem. A mãe saiu da UBS chorando. 

A imigrante haitiana mora em uma ocupação no São João e está sem dinheiro para comprar leite para alimentar o bebê, ela tem outro filho pequeno. Doações para a família estão sendo entregues no terminal de ônibus no mesmo bairro. 

A Secretaria Municipal da Saúde de Guarulhos disse ao portal Alma Preta que a mãe chegou antes da consulta e como ficou do lado de fora perdeu o horário, mas conseguiu um encaixe às 11h. 

Sobre a médica, a pasta disse que a pediatra “teve dificuldade de entender português” da mãe e “tinha 15 minutos para a consulta e precisava atender os demais pacientes”, por isso não poderia falar ao telefone com a amiga da imigrante. 

Uma equipe da UBS ficou de fazer uma visita domiciliar para saber como está a criança após a mãe não comparecer a uma consulta marcada na última semana.

O caso será apurado pela Subsecretaria de Igualdade Racial que oferece o serviço de SOS Racismo para vítimas de discriminação étnico-racial, religiosa ou intolerância correlata.

COMO ACESSAR O SOS RACISMO

PUBLICIDADE

TÓPICOS
Compartilhe
VEJA TAMBÉM