Candidato discutiu impacto das questões climáticas, fortalecimento da ONU e defesa da democracia
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou nesta segunda-feira (29), de um encontro com deputados do Parlamento Europeu, em São Paulo. O candidato falou sobre mudanças climáticas, defesa da democracia e a necessidade de estabelecer uma cooperação institucional para combater esses problemas.
“Se nós ganharmos as eleições, vai ficar muito claro que o Brasil precisa de parcerias em ciência e tecnologia, participação da construção de um mundo efetivamente limpo. E o Brasil pode ser protagonista nisso. Se nós voltarmos, nossa parceria será mais forte do que antes, porque nós aprendemos o tanto que é importante manter parcerias, ter relações sérias e respeitosas, sem que ninguém tenha uma hegemonia sobre o outro. Nós queremos parcerias, relação de iguais, onde todos possam ganhar e que ninguém perca”, disse.
“A questão climática é fundamental para a sobrevivência do próprio planeta. Nesse aspecto, o Brasil tem que jogar em uma posição de liderança. A gente não abre mão da soberania da Amazônia”, reforçou o candidato à Presidência na rede social.
Ainda segundo Lula, é preciso fortalecer a ONU (Organização das Nações Unidas) para combater as mudanças climáticas e disse que para aumentar a força das deliberações da ONU é necessário repensar a estrutura da organização.
“A ONU de 2022 não pode continuar sendo a ONU de 1948. A geografia do mundo mudou, os países mudaram. Houve um avanço cultural extraordinário. O que nós precisamos é repactuar os participantes da ONU”, ressaltou
Democracia
O ex-presidente fez um balanço dos últimos acontecimentos políticos, como a vitória dos progressistas Gabriel Boric no Chile, Alberto Fernández na Argentina e Gustavo Petro na Colômbia.
“E nós estamos no embate aqui no Brasil para ver se conseguimos recolocar a democracia na governança do país”, disse.
Sobre o conflito na Europa, entre Ucrânia e Rússia, Lula acusou a falta de diálogo.
“Não concordamos em hipótese alguma da ocupação territorial de um país por outro. Eu acho que a guerra foi precipitada, faltou diálogo, liderança e interesse para evitar a guerra”, declarou.
(Com informações da Agência Brasil)