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Justiça de Guarulhos anula demissão por justa causa de atendente que beijou a namorada no trabalho

Justiça
Foto: Freepik
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O ex-funcionário receberá todos os direitos devidos de acordo com a CLT

A Justiça do Trabalho de Guarulhos reverteu a dispensa por justa causa de operador de atendimento que beijou a namorada e colega de trabalho durante o expediente. Medida ainda cabe recurso. De acordo com a decisão proferida pelo juiz Bruno Acioly, da 10ª Vara do Trabalho de Guarulhos-SP, não houve gravidade nem conotação sexual no comportamento.

O funcionário atuava como terceirizado em um banco e teve o contrato rescindido por incontinência de conduta, com base no artigo 482, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A empresa afirmou nos autos ter havido “troca de beijos, abraços e carícias”, mas o atendente disse tratar-se apenas de um “selinho”.

No julgamento, o magistrado pontua que as fotos das câmeras de segurança apenas indicam “abraço e os corpos projetados para se beijarem” e não comprovam a alegação de cunho sexual.

“[o juiz] Lembra ainda que, pelo direito de propriedade, o empregador pode limitar a liberdade do trabalhador para relações amorosas dentro da empresa (princípio da “cedência recíproca de direitos fundamentais”). Porém, entende que, por não haver alegação ou prova de advertência ou suspensão do empregado, a aplicação imediata da justa causa pelo fato violou o princípio da proporcionalidade”, explica o magistrado nos autos.

O ex-funcionário receberá todos os direitos devidos como FGTS e multa de 40%, férias e 13º proporcionais e multas.

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