Ato organizado pela Unimos é contra o despejo de moradores e cobra um plano de moradia para a cidade
Integrantes de movimentos por moradia fizeram uma passeata, na manhã desta terça-feira (26), na região central de Guarulhos. O ato organizado pela Unimos (Unidos por Moradia) é contra o despejo de moradores e cobra um plano de moradia para Guarulhos.
Segundo membro da organização, cerca de 150 pessoas participaram da passeata. Entre elas, moradores de pelo menos seis ocupações de Guarulhos como a Nova Vitória, Hugo Chávez e Genilda Bernardes.
A manifestação teve o apoio e participação de outros movimentos como o MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas), a Unidade Popular (UP), o Cursinho A-SOL e o Movimento de Mulheres Olga Benário.
“Guarulhos é a segunda maior cidade do estado de São Paulo e tem milhares de pessoas em situação irregular de moradia, despejar uma ocupação legítima, que transforma lugares sem função social em moradia, é um abuso e fala muito sobre de qual a prefeitura está, e não é do povo. É essencial que a gente apoie toda luta popular que defenda os direitos constitucionais básicos, como o acesso à moradia”, disse Julio Cesar, membro da UP, que esteve no ato.
Os moradores saíram da Praça IV Centenário e seguiram para o Fórum de Guarulhos onde o grupo protocolou um pedido contra os despejos na cidade e pediu uma reunião entre a Unimos e a comissão que expediu o pedido de reintegração de posse da Nova Vitória, no São João.

Em seguida, os manifestantes caminharam até a sede da Prefeitura de Guarulhos, no Bom Clima, para cobrar do prefeito Guti (PSD) um plano de moradia que propõe disponibilizar lotes social para famílias de baixa renda.
Durante o trajeto um carro de som seguiu os moradores que erguiam cartazes em que se lia: “Moradia digna”, “Invasores, não. Famílias lutando por moradia”, “Não queremos favor político, queremos fazer valer nossos direitos”.
Os moradores usaram o microfone para falar sobre as dificuldades enfrentadas pelos movimentos e cobrar o prefeito.
“Você [prefeito Guti] não soube botar o pé lá para pedir voto? Tem gente que precisar morar [nas ocupações], que não tem condições de pagar um aluguel”, disse uma moradora.
“Não vamos aceitar a nossa família morando na rua, morrendo de frio, de fome, de covid e do desemprego”, falou um membro do MLB.
