Vítima teria ido até a casa do companheiro para encerrar o relacionamento; caso foi registrado como feminicídio pela DDM de Guarulhos
Uma mulher identificada como Creusa Fernandes Lôbo foi morta com um tiro na cabeça na manhã desta terça-feira (5), dentro da casa do companheiro, na Rua Nossa Senhora de Lourdes, na Vila Galvão, em Guarulhos. O caso foi registrado como feminicídio pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) do município.
A PM (Polícia Militar) foi acionada por volta do meio-dia e encontrou o suspeito, identificado apenas como Manoel, no imóvel, já acompanhado de um advogado. Segundo o boletim de ocorrência, o advogado informou que seu cliente havia acabado de matar a companheira.
De acordo com relato prestado à polícia, Creusa teria ido até a casa para terminar o relacionamento e buscar seus pertences pessoais. O suspeito afirmou que, após uma discussão, “perdeu a cabeça” e atirou contra a mulher com um revólver Taurus calibre 38 oxidado, atingindo-a na cabeça. A vítima morreu no local.
Manoel relatou ainda que tentou tirar a própria vida após o crime, mas a arma falhou. O advogado entregou o revólver utilizado à polícia.
A área foi isolada para realização de perícia, e o caso foi inicialmente apresentado no 2º DP (Distrito Policial) de Guarulhos, no Centro. A Delegacia de Defesa da Mulher formalizou o registro como feminicídio.
“A vítima foi atingida na cabeça após o suspeito relatar que perdeu o controle. Ele ainda afirmou que tentou suicídio, mas não conseguiu”, informou a SSP (Secretaria da Segurança Pública).
A legislação federal classifica o feminicídio como homicídio qualificado quando envolve violência doméstica e familiar, além de menosprezo ou discriminação à condição de mulher. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão.
A tipificação do feminicídio passou a integrar os dados estatísticos nacionais a partir de abril de 2015, com a publicação da Lei nº 13.104/15.