Segundo promotor, réu não poderá recorrer da sentença em liberdade
Um homem foi condenado a 10 anos e 8 meses em regime inicial fechado, sem possibilidade de apelar em liberdade, por tentativa de homicídio duplamente qualificada. Ele tentou matar a esposa a facadas em Guarulhos. O julgamento terminou na última sexta-feira (11).
Segundo o Ministério Público do Estado de Sao Paulo (MP-SP), o promotor Rodrigo Merli Antunes demonstrou aos jurados que a tentativa de homicídio ocorreu por causa do fim da relação que não aceitava a separação.
No dia do crime, o agressor foi atrás da ex-companheira no ponto de ônibus para tentar reatar o relacionamento. A mulher recusou. O réu apanhou um facão no carro e a golpeou diversas vezes, primeiro atrás da orelha e, na sequência, alguns no braço.
Vizinhos ouviram os gritos e conseguiram fazer com que o agressor deixasse o local. A vítima teve lesões gravíssimas no punho causando danos permanentes.
Em seu depoimento, a vítima disse que o ex-compaheiro não tinha intenção de matá-la, versão contestada pelo promotor. Segundo Antunes, a filha chora todos os dias por conta da prisão do pai e, por se sentir culpada pelo sofrimento da menina, a mulher decidiu minimizar a conduta do seu agressor.
O promotor explicou sobre o ciclo da violência doméstica e da síndrome do desamparo aprendido, e os jurados acabaram por condenar o réu.