Área de 130 mil metros quadrados pode favorecer geração de empregos em Guarulhos
O prefeito de Guarulhos, Guti (PSD), confirmou nesta quinta-feira (25) a desistência do projeto de implantação de um parque tecnológico em Cumbica, na área do Dry Port. Ele falou sobre o tema durante evento no Ciesp Guarulhos, no Jardim Leila, para aproximar as indústrias da cidade de novas oportunidades de negócios em Portugal.
Até 2020, Guti defendia a implantação do parque tecnológico com vocação farmacêutica, justamente pelo polo já presente no município. Contudo, em seu discurso aos industriais ontem, ele afirmou que o projeto não tem viabilidade e que a área do Dry Port, de 130 mil metros quadrados, será utilizada para concessão de lotes para implantação de novas empresas e, consequentemente, geração de empregos.
“Lotes de 5 mil a 10 mil metros, nós vamos concessionar para empresas por 30 a 35 anos. Vai ter incentivo de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). A empresa só vai ter que bancar o seu galpão e infraestrutura. Com certeza, vamos garantir geração de empregos e divisas ao município”, comentou Guti.
De acordo com o prefeito, o espaço poderá ser utilizado tanto por empresas já instaladas em Guarulhos, como outras que venham de outros municípios ou países. O projeto deve ser implementado a partir de 2023.
O diretor titular do Ciesp Guarulhos, Maurício Colin, elogiou a proposta da Prefeitura. Ele disse que sempre se posicionou contra o parque tecnológico na cidade.
“Grandes empresas da cidade que poderiam investir (no parque tecnológico) já possuem os seus próprios laboratórios. Seria um desperdício de área”, disse.
A discussão sobre o parque tecnológico ganhou destaque na gestão do ex-prefeito Sebastião Almeida, que conseguiu negociar com o então governador Geraldo Alckmin a troca de dívidas de IPTU de áreas estaduais com o município pelo terreno no Dry Port. Entretanto, o projeto nunca avançou para a efetiva implementação, com solicitação formal ao Estado para a criação do parque.